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Dentre os muitos relatos de “populismo de direita”, uns enfatizam a desigualdade de renda, outros a cultura, e outros ainda as especificidades de um dado sistema político. Este artigo dá um passo atrás para desenvolver uma visão estrutural de longo prazo. A tese principal propõe interpretar o cenário mundial enquanto crise da democracia capitalista. Os estilos políticos específicos e trajetos casuais que levaram homens como Trump, Bolsonaro, Duterte e Modi ao poder são difíceis de pontuar. O que nos parece óbvio é o crescente desprendimento de grande parte da população das formas democráticas liberais, cuja causa subjacente é o deslindamento da “base material de consentimento” que marcou as democracias capitalistas no pós-guerra. Não por acaso, este deslindamento tem mostrado maior progresso precisamente na periferia e semiperiferia. Esses países têm se mostrado inovadores políticos frente ao capitalismo mais consolidado do centro. Sustento essa argumentação por meio de uma breve análise da ascensão de Berlusconi na Itália, considerado o “canário na mina” da atual onda de figuras bonapartistas, e Bolsonaro, o mais importante exemplar do tipo atualmente.

Leia o artigo de Dylan Riley em https://www.scielo.br/j/ln/a/QBWLNfTbmNYtphrD65jqjSf/?format=pdf&lang=pt

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