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Esse estudo analisa as narrativas de policiais sobre iniciativas de prevenção da violência na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil e na cidade de Glasgow, na Escócia. Utilizou-se o referencial teórico-metodológico das ciências sociais, com os aportes da antropologia interpretativa. Os resultados apontam para a produção de intervenções cada vez mais precoces dirigidas às juventudes de periferias urbanas nos dois países. Prevalecem narrativas que reforçam ideias do ambiente familiar desestruturado, da vulnerabilidade social e do envolvimento com o crime como fatores de risco. Tais narrativas privilegiam a ótica do negativismo e da juventude como “problema social”, unificando formulações que se estruturam a partir da simbiose entre o papel de agente do estado e o ethos moral que sustenta as decisões individuais de policiais. O estudo sinaliza para a complexidade das intervenções, bem como para a disputa em torno dos modos de controle e da produção da ordem nos dois contextos analisados. Sugere-se investigar, em estudos futuros, como a racionalidade presente no campo da saúde pública vem sendo incorporada em políticas e programas de segurança pública. Ressaltam-se os riscos das narrativas que reforçam estigmas sobre os jovens pobres em iniciativas de prevenção da violência.

Leia o artigo de Juliana Silva Corrêa e outros em https://www.scielo.br/j/csc/a/ZVSfSKLsvGTvzZcVvtQyrGy/?format=pdf&lang=pt

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