Dentro da gama de reformas focadas na inclusão de cidadãos na América Latina, há uma grande variedade em termos de escopo, conteúdo, implementação e impacto real dessas experiências.
Este artigo compara os casos do Brasil e da Venezuela, que foram considerados modelos exemplares no campo da democracia participativa por diferentes observadores, para indagar como e porque variam seus sistemas participativos em seus desenhos e por quê deixaram de ser exemplos. Em resumo, as diferenças no desenho devem-se às diferentes origens dos dois modelos na transição democrática no Brasil e na crise democrática na Venezuela. De seus resultados, além das óbvias consequências negativas das recentes crises econômicas, sustentamos que, por um lado, o sistema participativo brasileiro perdeu suas raízes populares ao mudar para uma abordagem mais organizacional e ao escalar em um nível macro, e pelo outro, na Venezuela, as instituições adquiriram uma abordagem partidária demais e se desenvolveram em um nível muito micro.
Leia o artigo de Benjamin Goldfrank e María Teresa González Esquivel em https://www.scielo.br/j/ccrh/a/k84Qcf3fyb8gNCYwGHZGV8G/?format=pdf&lang=es