O acerto da política de controle de armas no Brasil é comprovado por uma série de estudos e pesquisas que, dentre outros resultados, apontam que sem o Estatuto do Desarmamento nossa taxa de homicídios seria cerca de 12% maior, que a cada 1% a mais de armas em circulação, a taxa de homicídios cresce 2% e que a presença de uma arma de fogo nas residências é fator de risco que aumenta em 5 vezes a chance de que lá ocorra um homicídio ou suicídio. Ainda que medidas destinadas a criação de uma política pública efetiva de controle de armas, que vá além do Estatuto, venham sendo propostas – essencialmente por organizações da sociedade civil – há vários anos e apesar dos dados que apontam para o acerto da adoção deste tipo de iniciativa, o que se vê é um lobby cada vez mais robusto focado na ampliação do acesso às armas. A lógica Fla-Flu – que vem norteando as principais discussões no Brasil desde 2016 – é a base sobre a qual se desenvolvem os debates sobre acesso às armas de fogo e ela impede que questões centrais e mais relevantes sobre segurança pública sejam colocadas em pauta.
Leia o artigo de Isabel Figueiredo na integra em https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Estado-Democratico-de-Direito/Flexibilizar-o-acesso-as-armas-mais-uma-perigosa-cortina-de-fumaca-na-seguranca-publica/40/42974