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São Paulo se tornou a primeira cidade da América Latina a incluir em seu calendário oficial o Dia Municipal de Luta Contra as Mudanças Climáticas, celebrado anualmente no dia 20 de setembro.

A Lei 17.620/2021 é de autoria da Bancada Feminista (PSOL) e Carlos Bezerra Jr (PSDB), e considera para o calendário oficial a data da primeira Greve Global pelo Clima, realizada em 2019, e que este ano acontece nesta sexta-feira, dia 24. O que instituir essa data no calendário oficial significa para a luta contra as mudanças climáticas? Segundo o mais recente relatório do IPCC, já ultrapassamos 1,2ºC acima da temperatura nos níveis pré-industriais no globo. As metas do Acordo de Paris buscavam limitar o aquecimento global a 1,5ºC. Nas áreas continentais, já chegamos em 1,6 ºC e, no Brasil, estes impactos podem ser ainda piores em algumas regiões. Trabalhadores e marginalizados estão morrendo sem água, sem alimento, sem terra para trabalhar. Muitos morrem soterrados em deslizamentos, em enchentes, com problemas respiratórios e tantas outras consequências das mudanças climáticas no país, as quais têm agravado eventos climáticos extremos e aumentado a frequência de desastres “naturais”. É urgente adotar medidas de adaptação a essa nova realidade, mitigar o pior no curto prazo e reverter este aumento no longo prazo. Isso apenas será possível a partir do momento em que identificarmos e responsabilizarmos os emissores históricos de carbono e, principalmente, transformarmos o sistema que gerou e perpetua o problema.

Leia o artigo de Rodrigo Faria G. Iacovini e Victor H. Argentino de M. Vieira em https://diplomatique.org.br/mudancas-climaticas-lutar-contra-quem/

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