A fragmentação internacional dos sistemas de produção, que configura Cadeias Globais de Valor (CGV), é orquestrada por empresas multinacionais com suporte das tecnologias digitais.
Nas últimas décadas, riscos e vulnerabilidades decorrentes de eventos imprevistos contestaram os fundamentos e colocaram em xeque a expansão e o desempenho das CGV. Por essa razão, as suas bases de operação já estavam sendo revistas e modificadas no sentido de criar resiliência. Não obstante, a dinâmica das CGV foi fortemente impactada pela pandemia do Covid-19. Com as CGV paralisadas, houve reações de governos nacionais e de empresas, tanto multinacionais quanto locais, para remediar problemas emergenciais. Tanto a paralização quanto as reações vão ter consequências para a reconfiguração das CGV no futuro. Neste artigo buscamos responder às questões: como evoluíram as GVC no pré-Covid? como empresas e governos estão reagindo? quais serão os fatores determinantes de mudanças? para então esboçar cenários de como serão reconfiguradas as CGV e o sistema internacional de produção. O Brasil, que ocupa uma posição particular nesse contexto, será sempre destaque nessa análise.
Leia o artigo de Afonso Fleury e Maria Tereza Leme Fleury em https://www.scielo.br/pdf/ea/v34n100/1806-9592-ea-34-100-203.pdf