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A pandemia de Covid-19, doença causada por um novo coronavírus, o Sars-COV-2, impôs enormes desafios aos países nos campos econômico e social. O desconhecimento inicial sobre a evolução da doença, a inexistência de medicamentos antivirais e de vacinas efetivos contra o vírus, o desenvolvimento da forma grave da enfermidade em parte dos casos, bem como a rápida propagação da infecção, são fatores que em conjunto tornaram esse evento um dos mais importantes em saúde pública desde a pandemia de gripe espanhola do começo do século XX.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) vivenciou fortemente os efeitos da pandemia e teve que se organizar em curto espaço de tempo para responder à demanda crescente por leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e para a articulação das ações e dos serviços de vigilância em saúde, em um contexto nacional de alta dependência da importação de equipamentos, medicamentos, kits diagnósticos e materiais médico-hospitalares, e de escassez internacional desses produtos. Ademais, a crise política que se prolonga há alguns anos constituiu elemento a mais a desafiar a capacidade de resposta do sistema, já limitada por fatores outros, anteriores ao surgimento do novo coronavírus, tais como o financiamento e a oferta de serviços de média e alta complexidade insuficientes. Considerando esse contexto, o objetivo deste artigo é analisar a resposta brasileira no campo da saúde à pandemia de Covid-19 e as perspectivas para o período pós-Covid nesta área, tendo por recorte temporal o período compreendido entre fevereiro de 2020, quando o primeiro caso da doença é registrado no Brasil, e a primeira quinzena de dezembro de 2020, quando se intensifica o debate em torno de um plano nacional de imunização anticovid.

Leia o artigo de Carlos Octávio Ocké-Reis e outros em https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/politicas_sociais/210331_boletim_bps_28_saude.pdf

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