A desigualdade tem muitas faces. A riqueza obscena de poucos, contra a pobreza de muitos; a falta de oportunidades educacionais para as crianças, porque a educação é cara na América Latina; o racismo latente; a violência contra mulheres, povos indígenas, negros ou membros de minorias sexuais; a criminalidade.
E como consequência de tudo isso, a migração, da América Central e México para os EUA, da Venezuela para Colômbia, Chile ou Peru. As causas da desigualdade remontam aos tempos coloniais. Têm suas origens na exploração impiedosa da população indígena e no igualmente impiedoso modelo econômico de extrativismo e monoculturas. Mas os espanhóis e portugueses não governam a América Latina há dois séculos: são os Estados independentes os responsáveis pela situação da população atual. Exigir um pedido de desculpas dos países de ex-conquistadores, como fez o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, é baixo e serve apenas para encobrir sua própria responsabilidade.
Leia o artigo de Uta Thofern em https://www.dw.com/pt-br/opini%C3%A3o-o-maior-problema-da-am%C3%A9rica-latina-%C3%A9-a-desigualdade/a-57561382