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O artigo tem como objetivo destacar algumas das grandes tensões do liberalismo contemporâneo, levando em consideração a trajetória e o confronto entre as suas duas grandes vertentes, o “novo liberalismo” (ênfase na justiça social amparada em mecanismos redistributivos) e o que se convencionou chamar de “neoliberalismo”. No entanto, o foco incide principalmente nesta segunda corrente, que é pensada não como uma mera ideologia ou um tipo peculiar de política econômica, mas como uma nova cosmovisão, em vias de consolidação: por congregar um conjunto original de aparatos discursivos, princípios normativos, dispositivos de poder, orientações epistemológicas e práticas de conduta social, o neoliberalismo representa um complexo e multifacetado quadro de forças que que tem como função prioritária difundir a lógica da concorrência para todas as dimensões da vida social. Uma tarefa desta envergadura só é exequível mediante a transformação e reforço do poder do Estado, que deve ser capaz de alicerçar um quadro institucional capaz de transformar e disciplinar o homem, adaptando-o tornando-o a uma dinâmica social centrada na competição mediada por mercados autorreguláveis.

Leia o artigo de Eduardo Barros Mariutti em http://www.eco.unicamp.br/images/arquivos/artigos/3599/TD329.pdf

 

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