Arquivo para categoria: Categoria: Boletim 145

Edição

El artículo plantea una aportación al debate académico sobre las respuestas a desarrollar desde el sector público a un entorno en el que las crisis, de diversa naturaleza y alcance, se van enlazando hasta cobrar un carácter estructural. La caracterización de las respuestas a las crisis, desde la resiliencia estática o la dinámica, a la robustez, permiten identificar diferentes equilibrios entre estabilidad y cambio. El concepto de gobernanza robusta como paradigma para afrontar un entorno de turbulencia parte de la integración de componentes propios de paradigmas precedentes, asentándose sobre un nuevo equilibrio entre estabilidad y cambio que permite potenciar las capacidades de adaptación de las instituciones públicas. El desarrollo del concepto, de cara a su eventual aplicación en la realidad latinoamericana, se plantea a través de cinco estrategias de carácter complementario que inciden tanto en las organizaciones públicas como en los modelos de relación de la red de actores implicados en la gobernanza. Con los conceptos, estrategias y evidencias aportadas, el trabajo contribuye al debate sobre un nuevo modelo de gestión y de relaciones del gobierno y la administración con su entorno. Un debate que permita ordenar las dinámicas innovadoras en la gestión pública frente a las nuevas exigencias del contexto que surgen de manera espontánea y escasamente articuladas. El paradigma de gobernanza robusta puede contribuir a lograr este objetivo.

Leia o artigo de Miquel Salvador e Carles Ramió em https://revista.clad.org/ryd/article/view/Gobernanza-robusta-entornos-estrategias-turbulencia-Latam/512

O risco como fenômeno de pesquisa no setor governamental é ainda um tema embrionário, desafiante e multifacetado. Este estudo teve como objetivo revisar a literatura existente sobre risco na Administração Pública e traçar rumos futuros nesta área, a partir do mapeamento da produção existente nas cinco principais revistas especializadas em administração pública. Os estudos pesquisados foram analisados e classificados de acordo com a área ou setor governamental e níveis organizacionais em que a pesquisa foi realizada, buscando identificar a relação entre o risco e outros fatores de análise e teorias. Este artigo contribui teórica e metodologicamente para o avanço do campo do conhecimento, sintetizando as publicações existentes, apontando lacunas na literatura e propondo perspectivas teóricas e abordagens metodológicas que abordem a dinâmica do fenômeno do risco em pesquisas futuras. Além disso, contribui de forma prática para profissionais que lidam com risco no contexto público, gestores, servidores públicos e parceiros privados, entre outros.

Leia o artigo de Varlei Gomes de Oliveira e Gustavo Abib em https://www.scielo.br/j/rap/a/7R5RKH5qGrdW4YsrxCz4sJc/?format=pdf&lang=pt

A discricionariedade dos agentes públicos vem ganhando importância como objeto de estudo por ser questão relevante na gestão e implementação de políticas públicas. Servidores públicos enfrentam decisões discricionárias de formas variadas, indo desde a construção de modos criativos para gerar bons impactos sociais até, no limite extremo, à inação, por medo de posterior responsabilização por conduta considerada indevida. Este estudo buscou compreender a experiência da discricionariedade para os servidores de carreiras de gestão e os dilemas existentes nessa atuação. Para tanto, procedeu-se a pesquisa qualitativa com especialistas em políticas públicas do estado de São Paulo e gestores governamentais do estado de Pernambuco. A pesquisa de campo englobou coleta por meio de 5 grupos focais. Na sequência, os dados foram analisados por meio da técnica da análise de conteúdo. Identificou-se que o principal dilema enfrentado pelos burocratas se encontra entre decidir dentro de sua competência e no melhor de seu conhecimento ou a inação, por medo de responsabilização, caso a decisão seja julgada como ilegal ou de má-fé. Por consequência, tem-se o chamado “apagão das canetas”. Há um constante trade-off entre a discricionariedade e a responsabilização, havendo meios pelos quais os servidores se valem para atenuar os riscos de sofrer sanções.

Leia o artigo de Carolina Soares dos Santos e outros em https://www.scielo.br/j/rap/a/v8Sfv3rxJfvM6dsDNKCqy5h/?format=pdf&lang=pt

Este artigo analisa a relação entre o ceticismo profissional dos auditores internos e a percepção de riscos nos controles internos. Os auditores internos têm conhecimento do funcionamento e ambiente da empresa, de modo que têm como premissa a prevenção e identificação de sinais de erros, fraude, riscos e fraquezas no sistema de controle interno. Ainda que a literatura não enfatize o tema na auditoria interna, o auditor interno deve manter um ceticismo profissional nos trabalhos da auditoria, sobretudo em um ambiente que apresenta uma independência reduzida. Dada a relevância do ceticismo profissional nos trabalhos de auditoria, os auditores internos também devem adotar uma atitude cética, auxiliando na prevenção e identificação de sinais de fraude, riscos e fraquezas no sistema de controle interno. Pesquisas relacionando o traço cético do auditor com a capacidade de percepção de riscos nos controles internos trazem uma contribuição importante para as organizações, já que as empresas podem sofrer perdas significativas em decorrência de fraudes ou ineficiência dos processos internos. Esta é uma pesquisa de perspectiva dedutiva, abordagem metodológica positiva e com método de coleta de dados survey. O ceticismo profissional dos auditores internos foi mensurado por meio do questionário de Hurtt (2010). Para a variável de percepção de riscos foram elaborados 10 cenários com base em pesquisas de Deloitte (2015), Ge e McVay (2005) e KPMG (2000). O nível de ceticismo profissional tem uma relação positiva com a percepção de riscos nos controles internos. Esses achados contribuem para as organizações fortalecerem essas características nos auditores internos, visto que a percepção dos riscos nos controles internos pode evitar que o risco se materialize e caracterize uma deficiência de controle interno ou fraude. Ressalta-se a contribuição teórica com a apresentação dos cenários como medida de percepção de riscos em controles internos.

Leia o artigo de Emilly Stein e Paulo Roberto da Cunha em https://www.scielo.br/j/rcf/a/wqRjynYgnYMbP4XLHm79GTK/?format=pdf&lang=pt

A ascensão da Revolução 4.0 suscita diversas questões de pesquisa, no campo da liderança não poderia ser diferente. Uma das questões mais proeminentes nesse campo gira em torno dos atributos requeridos ao líder no contexto da Revolução 4.0. Portanto, este estudo buscou captar e mensurar a percepção de pesquisadores e executivos brasileiros sobre os principais atributos requeridos ao líder na era digital. Originalidade/valor: O estudo é relevante ao fornecer luzes em relação às competências requeridas ao líder na era digital, identificando atributos importantes para uma liderança efetiva. Design/metodologia/abordagem: Primeiramente foi realizado extenso mapeamento da literatura, resultando em um modelo teórico do Líder Digital em torno de quatro dimensões: i) relacional, ii) foco em pessoas, iii) digital, iv) inovação e adaptabilidade. Posteriormente, pesquisa quantitativa foi aplicada junto a 77 executivos e 14 dos pesquisadores que mais publicaram na área de liderança no Brasil. Leia o artigo de Daniela Martins Diniz e outros em https://www.scielo.br/j/ram/a/CjjgXNrrSDrS7JZV6rpMQdN/?format=pdf&lang=en

O desenvolvimento das tecnologias móveis tem contribuído para a transformação da maneira como os governos entregam seus serviços e, como consequência, o governo móvel ou mobile government impacta a forma como os cidadãos se relacionam com os serviços públicos. Dentro desta perspectiva, este artigo propõe, por meio de uma abordagem qualitativa multi-método, identificar e analisar aspectos de mobile government no desenvolvimento e implantação do aplicativo InvestSUS, no contexto do Ministério da Saúde brasileiro. Com isso, vislumbra-se contribuir com o campo de pesquisa sobre mobile government em países em desenvolvimento. Para tanto, foi realizada uma triangulação de técnicas qualitativas na coleta e análise de dados, que resultou na construção de um framework para análise da implementação de ferramentas de mobile government no setor público. Foram identificadas 19 variáveis relacionadas ao framework proposto, bem como 5 novas variáveis, tais como: transparência da informação pública, controle social, usabilidade, equipe multidisciplinar e facilidade de acesso. Os resultados deste estudo, portanto, refletem uma oportunidade para compreensão do fenômeno de mobile government no contexto do setor de saúde pública. Leia o artigo de Mauro Célio Araújo dos Reis e outros em https://www.scielo.br/j/jistm/a/fcsrVBR7YqWCwMk4yVhJPpR/?format=pdf&lang=pt

O estudo objetivou explorar fatores que influenciam a adoção das métricas de valor de tecnologia da informação em organizações brasileiras, utilizando amostra não probabilística de 28 empresas de médio e grande porte, tendo como base os pressupostos da Teoria Neo-Institucional (isomorfismo) e os impactos decorrentes da transformação digital. Foi utilizado questionário com 16 questões fechadas e uma aberta, construído a partir de pesquisas realizadas por empresas de consultoria de grande porte e institutos internacionais de pesquisas, além dos próprios fundamentos da Teoria Neo-Institucional. Os dados e os resultados alcançados permitiram-nos chegar aos seguintes achados: (i) prevalência do isomorfismo mimético, (ii) a legitimação da Tecnologia da Informação como motivador para comunicação do valor gerado, (iii) importância atribuídas às métricas de operação e suporte, (iv) a troca de experiência entre pares se sobrepõe a busca de fontes acadêmicas ou de pesquisas científicas, caracterizando isomorfismo normativo, e (v) negação dos impactos da transformação digital na forma de mensurar valor de tecnologia da informação.

Leia o artigo de José Francisco de Carvalho Rezende e outros em https://www.scielo.br/j/jistm/a/RrVvNWF6HqXqJCpsVjpDK4n/?format=pdf&lang=pt

A dificuldade de incorporar a variável ambiental nos processos de contratação é recorrente no mundo. Nesse contexto, as contratações públicas sustentáveis são um instrumento importante para reduzir o impacto ambiental das organizações. No Brasil, há incapacidade para incorporar instrumentos que permitam uma atividade pública mais eficaz e eficiente. Em contrapartida, as tecnologias digitais, como a blockchain, podem ser a solução para problemas complexos no setor público. Nos últimos anos, governos têm adotado a blockchain em diversas áreas, sendo que, no âmbito internacional, a tecnologia é utilizada em bancos de dados de alguns países. No sentido de facilitar a implantação dos critérios ambientais nos procedimentos de licitação, este estudo propõe um modelo conceitual de aplicação da blockchain para contratações públicas sustentáveis de obras rodoviárias. Com base na análise de conteúdo de 25 processos de licitação, foi realizado o mapeamento das principais atividades, o que permitiu propor uma solução integrada ao Portal Nacional de Contratações Públicas. A principal contribuição do estudo é apresentar as potenciais aplicações referentes aos aspectos ambientais para blockchain nas contratações públicas e demonstrar a viabilidade da implementação dessa tecnologia. Diante das novas perspectivas para otimizar a gestão dos processos licitatórios e prover a sustentabilidade ambiental na administração pública, entende-se que a blockchain pode auxiliar na promoção de uma estrutura de licitação confiável, descentralizada, transparente e ambientalmente sustentável.

Leia o artigo de Guilherme Gonçalves Giamberardino e outros em https://www.scielo.br/j/rap/a/yvbxmSpQcxS3pMyjykWcPVM/?format=pdf&lang=pt

Com o aumento na frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos, as rodovias estão cada vez mais vulneráveis a danos que podem resultar em interrupções significativas do tráfego, danos econômicos e, em alguns casos, perdas de vidas. O desastre recente no Rio Grande do Sul exemplifica os prejuízos sociais, econômicos e ambientais resultantes da vulnerabilidade das rodovias às mudanças climáticas. Diversos estudos apontam o papel positivo da infraestrutura de transportes para o desenvolvimento econômico e social, enfatizando a importância de uma infraestrutura resiliente e sustentável para evitar danos causados por eventos climáticos, como chuvas intensas e prolongadas, e reduzir impactos ambientais relacionados às emissões de gases de efeito estufa e ao desmatamento. Contudo, esse tema segue pouco explorado para o caso brasileiro. Esta nota busca mapear o risco climático das rodovias brasileiras diante de eventos climáticos extremos, como alagamentos, inundações e deslizamentos, destacando a necessidade de medidas para fortalecer a resiliência da infraestrutura. O trabalho identifica o risco climático das rodovias ao nível dos estados brasileiros, focando em eventos como alagamentos, inundações e deslizamentos de terra. O desenvolvimento de infraestruturas resilientes ao meio ambiente é fator chave para evitar danos causados por eventos climáticos extremos, os quais podem reduzir a vida útil dos ativos de infraestrutura e aumentar os custos de manutenção e reconstrução. Os resultados indicam que, diante de projeções relacionadas às mudanças climáticas, a vulnerabilidade das rodovias brasileiras tende a se intensificar significativamente.

Leia o artigo de Victor Medeiros e Rafael Saulo Marques Ribeiro em https://madeusp.com.br/wp-content/uploads/2024/06/NPE053-Risco-climatico-e-infraestrutura-de-transportes-rodoviarios-07062024.pdf

Pouco mais de uma década separa este estudo da primeira proposição acadêmica do entrincheiramento organizacional, e, até o momento, pesquisas longitudinais não foram realizadas, apesar da importância reconhecida desse método para enriquecer os estudos no campo comportamental. Este artigo objetivou identificar características do entrincheiramento organizacional entre servidores de instituições federais de ensino no Brasil, com base na avaliação longitudinal dos perfis latentes. Realizou-se uma pesquisa quantitativa e longitudinal com 1060 participantes na primeira coleta. Foram feitas análises descritivas, de comparação de médias e análise de transição latente. Os servidores da amostra apresentaram baixos níveis de entrincheiramento. Entre os principais achados, está a estabilidade dos perfis formados pelos servidores, tendo as médias mais altas sido encontradas nas dimensões “ajustamentos à posição social” e “arranjos burocráticos impessoais”, o que reforça alguns achados teóricos transversais. Os resultados desta pesquisa contribuem para orientar gestores sobre a importância dos fatores internos para o entrincheiramento dos servidores e sobre como a atenção aos itens da dimensão “ajustamentos à posição social” pode favorecer o trabalho com esse vínculo. O presente estudo encontrou que, ao longo do tempo, o entrincheiramento é um vínculo estável.

Leia o artigo de Maria D’Ajuda Costa Passos e Diva Ester Okazaki Rowe em https://www.scielo.br/j/rap/a/cbJdF8BRV8G7xZwMscnFpKn/?format=pdf&lang=pt