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No contexto de uma economia baseada no conhecimento, as iniciativas baseadas no conceito de Economia Criativa podem promover um processo de diversificação econômica regional dos países em desenvolvimento. No Brasil, políticas públicas focalizadas nessas atividades tem sido implementadas com o objetivo de reduzir desigualdades socioeconômicas e regionais, estimulando a disseminação dessas atividades em todo o território, especialmente na direção das regiões menos favorecidas. O artigo procura discutir se essa expansão tem induzido uma redução efetiva dos desequilíbrios regionais em termos da quantidade e qualidade dos postos de trabalho criados e do nível de remuneração gerada por essas atividades. A análise sugere que a descentralização regional das atividades criativas na direção de regiões menos desenvolvidas é relativamente limitada no Brasil, com as regiões mais desenvolvidas permanecendo especializadas em áreas com maior conteúdo digital e tecnológico, enquanto as regiões menos desenvolvidas se apresentam relativamente mais especializadas em áreas relacionadas com o patrimônio cultural. Para reduzir este desequilíbrio, o apoio de instituições locais e da infraestrutura de C&T relacionadas com atividades criativas é particularmente importante, integrando o impacto das novas tecnologias de base digital com o reforço do potencial econômico do patrimônio cultural local e regional, através da melhoria da qualificação profissional dos trabalhadores nessas atividades.

Leia o artigo de Jorge Nogueira de Paiva Britto em https://www.scielo.br/j/rec/a/3FyMPDJsxQ9DLsxhZvjnBKM/?format=pdf&lang=en

O design e a implementação de políticas públicas para promover a economia criativa como uma nova base de desenvolvimento sustentável não têm mostrado resultados semelhantes em diferentes sociedades. Este artigo tem como objetivo avaliar a força e a capacidade de um sistema de governança multinível brasileiro formado por instituições e atores nos níveis federal, estadual e local para conceber e implementar políticas públicas para promover a economia criativa como uma alternativa para desenvolvimento. A análise é orientada pelo conceito de governança multinível, considerando as relações horizontais e as verticais para abordar os problemas de interesse público relacionados à institucionalização da economia criativa. O modelo Múltiplos Fluxos foi necessário para o mapeamento de processos para a formulação de políticas públicas. Os resultados indicam as dificuldades par formar um sistema de governança multinível com capacidade suficiente para projetar e implementar políticas públicas do campo cultural para promover a economia criativa no nível federal, no estado do Paraná e na cidade de Curitiba.

Leia o artigo de Mario Procopiuck e Schirlei Mari Freder em https://www.scielo.br/j/neco/a/zcCDKq8dx8yWdPCpCxSY4XB/?format=pdf&lang=en

O artigo apresenta uma análise da Economia Criativa no Brasil, mostrando seu potencial de desenvolvimento para a geração de renda e emprego, visando à retomada do desenvolvimento no país. São apresentados inicialmente conceitos e características da Economia Criativa para em sequência analisar o perfil e as potencialidades de desenvolvimento desta indústria no Brasil. A parte empírica introduz aspectos metodológicos, prosseguindo com a análise da contribuição da cadeia criativa à geração de Valor Adicionado e de Trabalho do país, e uma visão do seu potencial no Comércio Exterior. Finalmente, são investigados os desafios para a implementação de políticas públicas específicas.

Leia o artigo de Anita Kon em https://www.scielo.br/j/rep/a/Jp8wLf4nt9CvP7tdSYJ8Sqd/?format=pdf&lang=en

Este artículo realiza una revisión sistemática de la literatura sobre políticas públicas en industrias culturales y creativas, con el objetivo de identificar su evolución, corrientes de pensamiento y nuevas tendencias de investigación en la materia. Los resultados muestran que la literatura referente al objeto de estudio inicia formalmente en los años 90, fortaleciéndose en los comienzos del siglo XXI y evolucionando sus conceptos alrededor de su incidencia en el desarrollo de los países. Esta evolución se puede clasificar en cuatro clústeres temáticos principales: 1) enfocado en investigaciones hacia la innovación y el conocimiento, 2) economía creativa, 3) desarrollo de las ciudades y 4) economía cultural. El clúster 1 se muestra más disperso en la graficación realizada, producto de la exploración de artículo, mostrando así la nueva tendencia que marca los cambios de los procesos económicos en los países, autores nuevos y direccionando la atención hacia el “conocimiento” y la “innovación” que se teje alrededor de los sistemas de las políticas públicas, la economía, las empresas y la incidencia de las sinergias de estos conceptos en el desarrollo económico, urbano y regional. Como principal aporte, esta investigación brinda base y soporte bibliométrico a los académicos y creadores de políticas públicas en industrias culturales y creativas sobre por qué las nuevas investigaciones se deben centrar en el clúster 1, encaminadas en la quinta revolución industrial y los cambios que trajo a esta materia la pandemia de la COVID-19.

Leia o artigo de Flor Marleny Gómez-Reyes e outros em https://revista.clad.org/ryd/article/view/Analisis-politicas-publicas-industrias-culturales-creativas/515

Um dos maiores desafios do novo MinC, portanto, será criar condições de desenvolvimento para as atividades culturais e criativas que estão entre as que mais vêm contribuindo para o crescimento sustentável e democrático em muitas economias em desenvolvimento.

Leia o artigo de Henilton Menezes em https://www.cartacapital.com.br/opiniao/a-economia-criativa-e-o-papel-do-ministerio-da-cultura-no-desenvolvimento-economico/

A ideia de economia criativa tem sido adotada por diversos governos e organizações internacionais como diretriz de políticas públicas para os setores de Comunicação e cultura. Implícita em seu conceito está uma perspectiva que rearticula a relação entre cultura, economia e sociedade. No Brasil, o Ministério da Cultura (MinC) criou a Secretaria da Economia Criativa com objetivo de implementar políticas culturais que fomentem a economia criativa no país. Neste artigo, analisa-se o projeto do MinC para economia criativa. Realizando uma Análise do Discurso apresentado no Plano da Secretaria da Economia Criativa 2011-2014, o objetivo do artigo é destacar e entender as transformações que se operam no uso do termo “cultura” pelo governo brasileiro e avaliar suas consequências para o campo da cultura. A adoção do termo “criatividade” para políticas culturais implica uma nova abordagem do Estado brasileiro ao campo da cultura, o que demanda uma profunda mudança na dinâmica e estrutura do MinC.

Leia o artigo de Leonardo De Marchi em https://www.scielo.br/j/interc/a/6KpyxCsZjRDtFM39FDP3L9P/?format=pdf&lang=pt

Nos últimos anos, uma quantidade crescente de artigos científicos tratou da Economia Criativa (Creative Economy). No entanto, as modalidades concretas a partir das quais esses mecanismos micro e macroeconômicos são implementadas não são especificadas, nem as insuficiências das teorias econômicas tradicionalmente utilizadas diante dessas modificações radicais. Proponho fornecer elementos para construir um paradigma adequado: neste, a Economia da Informação, da maneira como foi concebida por Stiglitz, representa uma contribuição essencial.

Leia o artigo de Alan Herscovici em https://www.scielo.br/j/nec/a/4jxrQqrfqszy7PPNM35v9pq/?format=pdf&lang=pt

Fruto de uma nova compreensão das relações entre os campos da cultura e da economia no início do século XXI, as atividades da economia criativa têm sido destacadas como alternativas para o crescimento e o desenvolvimento econômico de países em todo o mundo. Simultaneamente, uma série de estudos acadêmicos tem se dedicado ao assunto, ampliando perspectivas e reflexões sobre o campo. Devido à crescente projeção internacional do tema, em grande parte devido à atuação de organismos internacionais como a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), torna-se relevante a apresentação e a sistematização de uma visão abrangente sobre a área, com o objetivo de introduzi-la a um público mais amplo e envolvido neste mercado, incluindo representantes do poder público e da sociedade civil. Por esse motivo, este artigo apresenta uma revisão da literatura sobre o campo da economia criativa, seguindo uma abordagem cronológica, e uma linha do tempo dos principais acontecimentos e estudos da área, tanto em nível internacional quanto brasileiro.

Leia o artigo de Jefferson Yuji Watanabe e outros em https://dialogo.emnuvens.com.br/revistadcec-rj/article/view/487/428

O artigo apresenta de maneira sintética o conceito de Economia Criativa e sua relação com a Economia da Inovação e do Conhecimento, além de destacar a importância das políticas públicas para o pleno desenvolvimento dos setores criativos. Trata-se de um conceito plural e ainda impreciso, a despeito dos inúmeros esforços de autores que buscaram definir suas fronteiras. É também um desafio teórico, na medida em que a economia mainstream tem dificuldades em lidar com atividades culturais, em especial as geradoras de bens intangíveis e que escapam à lógica da escassez. As políticas públicas de estímulo a estes setores têm se mostrado bem-sucedidas na promoção do desenvolvimento, em especial na geração de emprego e renda em atividades em geral consideradas atraentes, sobretudo para os jovens. Mas persistem ainda lacunas na articulação das políticas de promoção da economia criativa com as demais, além da própria compreensão de seu potencial por parte do poder público.

Leia o artigo de Neusa Serra e Rafael Saad Fernandez em https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1809203916302091

Este trabalho se propõe a analisar os potenciais do desenvolvimento de políticas públicas de economia criativa no Brasil, voltadas para o fortalecimento de sistemas de inovação e produção dos setores culturais e criativos, tomando como exemplo a indústria fonográfica. Através de uma pesquisa bibliográfica, conceitos associados à formulação de políticas públicas de economia criativa e à criação e ao fortalecimento de redes, com suas implicações na criação de novos arranjos institucionais, são apresentados integrando visões teóricas pós-fordistas e evolucionárias. O potencial dos setores culturais e criativos brasileiros é reconhecido como uma alternativa real de fortalecimento e desenvolvimento local e regional, a partir de sistemas de governança articulados entre os diversos atores das cadeias produtivas e investimentos voltados para a criatividade e inovação.

Leia o artigo de Luciana Lima Guilherme e Claudia Sousa Leitão em https://www.tempodehermes.com/documents/ECONOMIA-CRIATIVA-NO-BRASIL.pdf