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O presente artigo propõe-se a explorar a natureza da articulação formada entre os seguintes fenômenos sociotécnicos e histórico-econômicos: (i) a vivência do consumo enquanto experiência de subjetividade, e (ii) as transformações ocorridas nos mercados globais ao longo dos últimos 40 anos, em que dois eixos nos interessam: de um lado, as tecnologias digitais como aparatos de produção de subjetividade virtualizada, e de outro, as guerras híbridas, centradas formação e controle de sensibilidades e percepções junto às populações.

Leia o artigo de Abel Reis e Silvia Piva em https://www.scielo.br/j/ea/a/MNstgDqygTmYgrT6g6KrYmR/?format=pdf&lang=pt

Vários autores têm chamado a atenção para o fato de que, com a explosão de dados, entramos em uma segunda era da internet, também chamada de era da dataficação. O caráter disruptivo inusitado, que essa explosão tem provocado nas sociedades que habitamos, à primeira vista parece indecifrável. Entretanto, tenho feito o esforço de buscar compreender alguns dos traços principais capazes de desenhar as tensões de forças do contemporâneo. Dei a esse esforço o nome de diagnóstico do contemporâneo cujas característica e suas consequências estão discutidas neste artigo.

Leia o artigo de Lucia Santaella em https://www.scielo.br/j/ea/a/TjS86KgVp38fgrqC8BcqnPG/?format=pdf&lang=pt

Sustentabilidade é um tema importante para a sociedade e tem três principais dimensões, a ambiental, a social e a econômica. Neste contexto, dentre os bens comuns ameaçados, a água desponta como principal recurso cerceado de incertezas quanto à sua disponibilidade. Para gerir recursos hídricos, os dados e informações são importantes para auxiliar no processo decisório. Assim, duas Tecnologias da Informação e Comunicação podem ser úteis para a criação de um Sistema de Apoio à Decisão (SAD), a Internet of Things (IoT) e o Big Data. Portanto, o objetivo deste trabalho é propor um modelo conceitual que represente um SAD que utilize Tecnologias de Informação e Comunicação com o propósito de fornecer informações e subsídios para auxiliar o processo decisório na gestão de recursos hídricos. A metodologia utilizada caracterizou-se como exploratória e de natureza qualitativa. Como resultado, foi apresentado o modelo conceitual de SAD com base na gestão da informação e no ciclo da Inteligência Organizacional e Competitiva. Pode-se concluir que o SAD proposto depende de informações dispersas nas bacias hidrográficas e a captura pode ser feita por redes de sensores IoT utilizando-se de Big Data para analisá-las historicamente e fazer projeções futuras.

Leia o artigo de Marcus Vinícius Chiulle Pinheiro e outros em https://www.scielo.br/j/pci/a/xn63Km7sR8F854qVX4dt5TP/?format=pdf&lang=pt

Este estudo investiga as dimensões do uso de dispositivos tecnológicos, entre eles a Inteligência Artificial (IA), em processos de Recrutamento e Seleção (R&S) sob a perspectiva de recrutadores de empresas do setor farmacêutico instaladas no estado de São Paulo. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa, por meio de um roteiro semiestruturado, com 12 entrevistados com experiência em R&S antes e depois do advento da tecnologia. Foram observados os benefícios, as tendências e resistências com relação ao uso de tecnologia e IA nos processos de R&S. Como benefício, tem-se o papel da tecnologia e IA na desburocratização da área de Recursos Humanos (RH), de modo a tornar seu foco mais estratégico e consultivo, na medida em que reduz tempo e custo na triagem de currículos e seleção de candidatos. Como tendência, verificou-se que a pandemia trouxe uma quebra de paradigma no uso de tecnologias no processo de R&S, a qual deverá ser utilizada, seja de forma integral ou parcial, em uma maior amplitude de vagas. Dentre as resistências ao seu uso, tem-se o ceticismo acerca da assertividade na seleção do candidato por meio da tecnologia e IA, devido à redução do contato humano. Foram abordadas, ainda, as questões ambíguas acerca das implicações do uso de tecnologia e IA na diversidade dos negócios. Sugestões para futuras pesquisas e limitações da pesquisa também foram apresentadas. Leia o artigo de Daniel Blumen e Vanessa Martines Cepellos em https://www.scielo.br/j/cebape/a/5GNmGM3h3Yfrg96TX8mcTMC/?format=pdf&lang=pt

O artigo discute a criação do Conjunto Mínimo de Dados da Atenção à Saúde (CMD) no Brasil, um sistema inspirado nos Minimum Basic Data Set (MBDS) internacionais. O objetivo é apresentar uma alternativa para superar as limitações dos sistemas de informação da atenção à saúde existentes no país. A metodologia empregada foi o relato de caso, com o intuito de detalhar os fundamentos e a construção e do CMD. A primeira etapa metodológica consistiu em uma revisão bibliográfica abrangente para entender o contexto teórico e prático dos MBDS. Em seguida, foi realizada uma revisão documental para relatar a construção, instituição e desenvolvimento do CMD. Instituído como um documento público, o CMD coleta dados de todos os estabelecimentos de saúde do país em cada contato assistencial, abrangendo tanto a rede pública quanto a privada. O CMD é parte da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), permitindo o compartilhamento de registros assistenciais entre diferentes pontos de atenção à saúde. O artigo conclui que o CMD tem o potencial de transformar a prestação de cuidados de saúde no Brasil, fornecendo uma base sólida para a tomada de decisões informada para a população, profissionais de saúde e formuladores de políticas.

Leia o artigo de Leandro Manassi Panitz e Waldecy Rodrigues em https://www.scielo.br/j/pci/a/Dt3zHp4kPFBz7rjxYxnSkVy/?format=pdf&lang=pt

Este artigo destaca a importância de se repensar os vínculos entre trabalho e proteção social no atual contexto de intensas transformações produtivas e de liberalização das economias políticas. Além de discutir os efeitos adversos gerados pelas mudanças tecnológicas nas relações de trabalho, com o consequente crescimento global do fenômeno da polarização do emprego e da renda, o objetivo deste artigo é apontar os limites e possibilidades das atuais alternativas de proteção social que buscam responder a esse fenômeno. Em diálogo com a literatura sobre o futuro do trabalho e do Estado de Bem-Estar numa era de incertezas e diversificação dos riscos sociais, conclui-se que uma alternativa realista de política social para a era da economia digital seria proteger as transições ocupacionais dos indivíduos, combinando políticas de educação, renda e emprego, com destaque para as políticas ativas de treinamento vocacional, com as tradicionais medidas contributivas.

Leia o artigo de Arnaldo Provasi Lanzara em https://www.scielo.br/j/ccrh/a/KCXVVQJqgJRLYj8LNZhMRSh/?format=pdf&lang=pt

Este artigo apresenta uma iniciativa de trabalho com tecnologias digitais voltada para crianças e adolescentes. São descritos ações, cursos e intervenções realizados por docentes e estudantes no projeto de extensão universitária Por Dentro do Computador. O desafio de organizar o ensino para esse público permitiu reconhecer a necessidade de novos estudos sobre a especificidade dos processos de aprendizagem e desenvolvimento de alunos desse nível de escolarização, para que se possa avançar na prática pedagógica com tecnologias digitais na educação básica.

Leia o artigo de Carlos Roberto Beleti Junior e outros em https://www.scielo.br/j/ccedes/a/KFqpDL4XJ7ByNv7mWkjqgxB/?format=pdf&lang=pt

Sistemas de Gestão da Inovação (SGI) têm sido debatidos há muitos anos na literatura especializada e na prática das organizações, dada a importância para as empresas de inovar regularmente. Em paralelo, o debate da Transformação Digital (TD) tem emergido de forma acelerada, mas bastante distribuída entre várias vertentes (e.g., gestão, sistemas de informação, indústria 4.0) trazendo riqueza de perspectivas, mas também complexidade para compreensão do fenômeno. Embora ambos os campos se relacionem fortemente com a dinâmica da inovação nas empresas, um debate integrado ainda é incipiente e as áreas seguem trajetórias de estudo paralelas. Assim, este estudo busca identificar pontos de intercessão entre SGI e TD e investiga como elementos dessas abordagens podem se apoiar mutuamente. Para isso, é feita uma revisão de literatura em cada uma das áreas de conhecimento, selecionados modelos representativos de seus elementos constituintes e, em uma fase de análise e discussão, se propõe um modelo que expresse as conexões mútuas potenciais. Como principal conclusão, aponta-se que um SGI pode nortear iniciativas de TD na organização por meio do desenho de estrutura e processos para lidar com projetos de alta incerteza, por outro lado, a TD associa-se a um conjunto de ferramentas tecnológicas e tendências organizacionais que podem fomentar SGIs aprimorados.

Leia o artigo de Leonardo Duarte Martins e outros em https://www.scielo.br/j/rbi/a/7vFbCpF6TDDq3qy3jHJ5rRP/?format=pdf&lang=pt

Este artigo tem como objetivo analisar as iniciativas pioneiras de finanças públicas baseadas na tecnologia blockchain, identificando o contexto brasileiro em meio ao internacional. Além disso, o estudo busca apresentar oportunidades de aplicações da tecnologia blockchain, bem como os desafios encontrados para a sua expansão. Apesar de a tecnologia ser empregada e testada em diferentes áreas, ainda são poucos os estudos que abrangem o setor público, em especial as finanças públicas. No Brasil, em particular, o desenvolvimento dessas aplicações inovadoras é limitado.

Leia o artigo de Dayani Cristina Ferreira Lopes em https://www.scielo.br/j/ram/a/sn7fFDhmqpWWP7BKHzRqtXn/?format=pdf&lang=en

O artigo tem como objetivo o estabelecimento de aportes teórico-práticos voltados para a análise de plataformas de dados abertos que oferecem recursos visuais para o entendimento do significado de seus elementos. A partir de um levantamento bibliográfico direcionado aos aspectos conceituais, processuais e tópicos concernentes das áreas da Visualização de Dados, Arquitetura da Informação e Usabilidade, identifica princípios que fundamentaram a definição de critérios voltados para o exame de sites que disponibilizam dados. Como resultado, apresenta uma sistematização de questões concernentes aos três campos citados, em forma de listas de checagem que proporcionam subsídios para a análise de portais que disponibilizam dados abertos e ferramentas para visualizá-los. Conclui que, a partir da aplicação das sistematizações apresentadas, será possível identificar diferenças e particularidades na forma com que cada plataforma lida com seus dados, bem como seus pontos fortes e fracos, favorecendo a proposição de melhorias em determinados aspectos para recuperação de informação.

Leia o artigo de Tainá Regly e Rosali Fernandez de Souza em https://www.scielo.br/j/emquestao/a/HFd5GkJGmdwzhwVwV8jWYgL/?format=pdf&lang=pt