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O objetivo desta pesquisa é integrar, consolidar, contextualizar e discutir a produção acadêmica sobre a Educação Empreendedora nas Artes (EEA). A EEA é essencial ao desenvolvimento do empreendedorismo artístico, fenômeno imprescindível à economia criativa. Por meio dela, artistas podem aprender a tangibilizar suas criações, gerando valor para a sociedade. Todavia as pesquisas sobre a EEA ainda são dispersas e carecem de discussões mais acuradas e aprofundadas. Com a realização de uma revisão e análise sistemática da produção acadêmica, desenvolvemos os seguintes resultados: (a) reflexão sobre a importância do empreendedorismo artístico para a economia criativa, (b) definição do empreendedorismo artístico com base em quatro âncoras conceituais e (c) apresentação de uma visão consolidada da produção sobre EEA. O artigo contribui para discutir quatro perspectivas e desafios para pesquisas futuras em EEA: (a) o contexto local, (b) o choque de identidades (artística versus empreendedora), (c) a questão da prática e (d) a questão das emoções.

Leia o artigo de Alexandre Leite de Ávila e Eduardo Paes Barreto Davel em https://www.scielo.br/j/cebape/a/4kf568XrZ5dSWGjr5ghHqTt/?format=pdf&lang=pt

A situação de vulnerabilidade ambiental de algumas populações urbanas tende a ser associada a uma espécie de ignorância ou indiferença dessas populações sobre o risco geológico dos seus territórios. Isso, contudo, ignora que a ocupação do solo urbano não é simples fruto de decisões individuais, mas, sim, da dinâmica complexa entre renda, classe social, racialidade, movimentos sociais e arranjos político-institucionais. A partir dessa compreensão, apresenta-se uma reflexão acerca da distribuição espacial do risco e das vulnerabilidades ambiental e social na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A análise baseia-se no cruzamento de mapas de riscos ambientais e de zoneamento dos três municípios componentes da área de contribuição da bacia hidrográfica do Arrudas, unidade de análise selecionada dentro da RMBH.

Leia o artigo de Leticia Clipes Garcia e outros em https://www.scielo.br/j/cm/a/yZWpBJh49r6bByCXTmRWyKH/?format=pdf&lang=pt

A aplicação da Inteligência Artificial (IA) para o combate à mudança do clima é a grande novidade no âmbito das negociações que ocorreram na COP28, em Dubai. Apesar disso, o tema não ganhou até agora o merecido destaque na mídia e nas análises. Os combustíveis fósseis deixaram de ser o elefante na sala e foram trazidos para o centro do debate nas últimas semanas, culminando na decisão histórica que se refere à transição energética. Agora, o posto incômodo tem outro dono: a IA. Embora a agenda de tecnologia não seja novidade neste espaço, Dubai marca a chegada do assunto a outro patamar.

Leia o artigo de Camila Moreno em https://diplomatique.org.br/inteligencia-artificial-ia-clima-cop28/

Este artigo analisa o processo de produção do espaço urbano em Florianópolis a partir da articulação entre Estado, capital imobiliário e imprensa tradicional, para atender aos interesses dos grupos dominantes locais e facilitar a expansão imobiliária. Para isso, foi necessário o desmonte dos órgãos e instrumentos públicos de planejamento e de fiscalização pela via da reforma administrativa. O ápice foi a aprovação da revisão do Plano Diretor em 2023, ignorando as demandas dos movimentos populares. Esse processo se beneficiou das esferas econômica, política e ideológica, definidas como as principais formas de controle do espaço urbano, sob a égide da cidade-empresa. Contrapondo-se a isso, a capital catarinense é campo de lutas sociais pelo acesso à terra urbanizada e pelo direito à cidade.

Leia o artigo de Lino Fernando Bragança Peres e outros em https://www.scielo.br/j/cm/a/TtcyGp47LqVBTyTSy8tLxWd/?format=pdf&lang=pt

Segurança pública é tema complexo que compreende diversas linguagens, atores e disciplinas. Ela é interpretada a partir de múltiplos paradigmas e sob distintas abordagens, que influenciam desde as etapas mais abstratas de conceituação e percepção da insegurança, até fases de dissenso acerca das propostas concretas para seu enfrentamento e controle. Cada vez mais, governança pública, academia, iniciativa privada, sociedade civil articulam-se, em rede, para tratar deste assunto que repercute nos direitos humanos mais fundamentais. Essa multiplicidade de olhares precisa ser cuidadosamente compreendida e sintetizada. Por essa razão, desenvolve-se o presente estudo que objetiva traçar o quadro geral do conhecimento científico publicado acerca da inovação em segurança pública. Trata-se de estudo descritivo, de abordagem quantitativa e do tipo revisão bibliométrica. Foram analisadas 261 publicações, sem filtro de tempo, espaço ou linguagem, encontradas na base de dados da Scopus, a partir da sintaxe: (“Public Security” or “ Public Safety”) and Innovation. Os resultados evidenciam que há dois fortes movimentos, não dicotômicos, sendo desenvolvidos, em concomitância, na área de segurança pública: o primeiro, mais disciplinar, tem enfoque no desenvolvimento de tecnologias e na gestão da informação; o segundo, com enfoque mais transdisciplinar, trata, sobretudo, de ocupação territorial inteligente. De forma mais específica, identificou-se cinco eixos temáticos nos artigos: tecnologias, ocupação territorial, aplicação da lei, administração e saúde. Outro ponto, percebido, ao se medir os fluxos de comunicação, foi a constatação que as redes internacionais de colaboração entre pesquisadores ainda são efêmeras, o que pode sugerir carência no amadurecimento das redes de aprendizagem.

Leia o artigo de Carlos Francisco Oliveira Nunes e outros em https://www.scielo.br/j/emquestao/a/czPjcwyJDWKcLzCsXPPvznB/?format=pdf&lang=pt

Este texto procura contribuir com a literatura que estuda a financeirização, com foco sobre dois importantes aspectos: a globalização financeira (como fenômeno geral) e a integração da periferia. Para tanto, o objetivo do artigo é realizar uma análise sobre o processo de constituição da globalização financeira e suas principais características, com ênfase na integração periférica e nos impactos diferenciados sobre essa periferia. As hipóteses centrais do texto são as de que países centrais e periféricos integram-se à globalização financeira de forma completamente assimétrica; e de que a Crise Financeira Global (CFG) ensejou mudanças importantes na globalização financeira, com destaque para os efeitos dos ciclos internacionais de liquidez e para o papel das variáveis macroeconômicas nesses ciclos.

Leia o artigo de Ricardo Carneiro e Bruno De Conti em https://www.economia.unicamp.br/images/arquivos/artigos/TD/TD447.pdf

Este artigo investiga a recente política industrial chinesa, denominada Made in China 2025 (MIC2025), e como essa aborda alguns dos desafios da organização de redes de produção internacionais em meio à hiperglobalização. Primeiro, exploramos O contexto histórico do MIC2025, além de seus objetivos estratégicos e seus principais desafios, para então explorar algumas facetas de sua dimensão externa. Segundo, elaboramos uma análise descritiva baseada em indicadores de comércio em valor-adicionado para ilustrar alguns aspectos do padrão de especialização chinês, utilizando a indústria de TIC como estudo de caso para discutir a importância crescente dos ativos intangíveis e como as empresas chinesas aprimoram a capacitação inovativa a partir de estratégias de internacionalização. Ao cabo, o governo chinês buscou melhorar a habilidade das empresas chinesas de gerenciar as relações de poder na governança global da inovação por meio do desenvolvimento de capacitação inovativa e upgrade em setores-chave, como é o caso do setor de TIC. O MIC2025 reforça uma visão institucional que não se limita à participação nas redes de produção internacionais, mas visa especialmente a criação de capacitações dinâmicas. Nesse sentido, a construção de capacitações tecnológicas locais e o fortalecimento de etapas da cadeia de valor, bem como a internacionalização das empresas chinesas, são bases cruciais da recente trajetória de transformação estrutural chinesa.

Leia o artigo de Marilia Bassetti Marcato em https://www.scielo.br/j/ecos/a/VZgwD97xbLsw3T5cDhyRTWM/?format=pdf&lang=en

Enquanto a tendência de privatização de sistemas de saneamento caminha a passos largos no Brasil, crescem no mundo exemplos que vão na direção oposta, devolvendo a gestão das águas ao controle público após períodos de concessão privada. Entre 2000 e 2023, houve 344 casos de “remunicipalização” de sistemas de água e esgoto mundo afora, a maioria na Europa, de acordo com levantamento do banco de dados Public Futures (futuros públicos; publicfutures.org), coordenado pelo Instituto Transnacional (TNI), na Holanda, e pela Universidade de Glasgow, na Escócia. De acordo com Lavinia Steinfort, coordenadora do projeto de Alternativas Públicas do TNI, essas reversões têm sido motivadas por problemas reincidentes em experiências de privatização e parcerias público-privadas (PPPs), como serviços inflacionados, falta de transparência e investimentos insuficientes.

Leia o artigo de Júlia Dias Carneiro em https://www.bbc.com/portuguese/articles/cw02r9ddlndo

Este trabalho analisa a influência do apoio governamental na implementação da videovigilância, uma das ferramentas utilizáveis em cidades inteligentes, e o efeito desta no desempenho da segurança pública de Recife. De abordagem qualitativa, o locus foi o Centro Integrado (Ciods), que abarca as forças de segurança pública e oferta o serviço de videomonitoramento em Recife. A partir de entrevista com os operadores empregados na videovigilância, os resultados encontrados demonstram que o amparo governamental é essencial, porém, em Recife, ele é entendido como insuficiente ao emprego de inovações na segurança pública, em especial na tecnologia analisada. Ainda assim, conclui-se que a integração entre os órgãos no sistema de videovigilância favorece a expansão e a aplicabilidade do conceito de cidades inteligentes a Recife.

Leia o artigo de Dannielly Leandro de Sousa Ferreira e outros em https://www.scielo.br/j/cm/a/BgjpbJwnDqq3wNzVFPsJ8Zz/?format=pdf&lang=pt