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O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é um instrumento econômico que busca conciliar a conservação dos serviços ecossistêmicos (SE) com os interesses econômicos dos atores envolvidos. Com o intuito de orientar os tomadores de decisão no processo de estruturação e planejamento de esquemas de PSA, este artigo analisou esquemas brasileiros frente às boas práticas recomendadas na literatura científica. Como resultado, monitoramento da prestação do SE ou de seus proxies e segmentação espacial foram práticas observadas nos esquemas brasileiros alinhadas com as recomendações da literatura. O mesmo não aconteceu com as práticas: contratos flexíveis e/ou adaptáveis e pagamentos maiores que os custos de provisão. Esses resultados são úteis para reforçar os pontos fortes e apontar possíveis vulnerabilidades no desenho de esquemas de PSA, contribuindo para o aprimoramento tanto de iniciativas novas quanto daquelas em andamento.

Leia o artigo de Bartira Rodrigues Guerra e Victor Eduardo Lima Ranieri em https://www.scielo.br/j/asoc/a/CprqrncQWZkB3rdpsKG9NkQ/?format=pdf&lang=pt

Este artigo tem o objetivo de avaliar a experiência da fiscalização de agrotóxicos, realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em função dos tipos de autuação das infrações, sua evolução temporal e distribuição no território brasileiro. Os dados foram coletados a partir de consultas ao Sistema Integrado de Cadastro, Arrecadação e Fiscalização do IBAMA. Identificou-se um crescimento da ordem de 100% das autuações ao longo do período 2009-2017, porém um decréscimo de 21% e 60% nos anos 2018 e 2019, respectivamente. No que tange à distribuição espacial das autuações do IBAMA relacionadas a uso de agrotóxicos, os resultados evidenciaram que o direcionamento da fiscalização ambiental não foi compatível com os locais que concentram o consumo de agrotóxicos. Estes aspectos revelam uma lógica de atuação baseada não em um planejamento estratégico, em âmbito nacional, mas em iniciativas locais dos fiscais ambientais.

Leia o artigo de Rizza Regina Oliveira Rocha e Victor Manoel Pelaez Alvarez em https://www.scielo.br/j/asoc/a/rwvKSTVbQkCzr3PcB3vttJR/?format=pdf&lang=pt

This article evaluates the effects of two educational policies implemented in the Brazilian state of Ceará. The first was a tax incentive (TI) for mayors to improve municipal education. Under this policy, municipal tax transfers were conditioned on educational achievement. The second was a program to offer educational technical assistance (TA) to municipalities. The impact of these policies was estimated by employing the synthetic control method to create a synthetic Ceará not affected by TI and TA. When the two policies were combined, the results were consistent with a 12 percent increase in Portuguese test scores in primary education and a 6.5 percent increase in lower secondary education. There were similar increases in mathematics test scores; however, these were not statistically significant. This study also investigates the impact of educational interventions on upper secondary schools, which, despite not being directly affected by the new policies, received better-prepared students from lower secondary schools. The findings show no effect on this level of education, highlighting the need for debate on how to extend the benefits of educational policies to upper secondary schools, as well as to other Brazilian states. This research is the first to analyze the impacts of the policies in Ceará on primary, lower secondary, and upper secondary schools using data from 1995 to 2019.

Leia o artigo de Bruno Gasparotto Ponne em https://www.scielo.br/j/bpsr/a/s8jwsh34QmjcbN3pJSZTSFK/?format=pdf&lang=en

O presente artigo propõe uma teoria abstrata do Estado capitalista, sem se referir a nenhuma formação histórica em particular, no que se convencionou chamar “teoria derivacionista do Estado”. Considera-se aqui o Estado como uma formação sócio-política específica da sociedade capitalista, responsável pela manutenção e pelas condições de reprodução do capital. A base social do capitalismo é a separação (contraditória) entre o capital e o trabalho; para realizar essa separação, o capitalismo mantém, por meio do Estado, uma separação entre a sociedade e a economia, de modo que seja possível aos capitalistas expropriar a força de trabalho dos trabalhadores (e a riqueza daí resultante) sem exercer ela mesma a força (a violência) necessária para tanto. Essa separação é o que funda, contraditoriamente, as relações necessárias ao projeto burguês de liberdade e igualdade cidadãs. Em termos teóricos e históricos, não se subordina a política à economia, como se o Estado fosse mera e simplesmente uma superestrutura do capital; além disso, outras contradições sociais não são criadas pelo capitalismo (entre gêneros ou raças, por exemplo), mas o Estado capitalista impõe condições específicas a elas, conformando-as. Leia o artigo de Joachim Hirsch em https://www.scielo.br/j/rsocp/a/YYqBpQCsyqSQ6SmWdP7FwZs/?format=pdf&lang=es

Tem surgido uma vasta gama de estudos sobre a precarização dos trabalhos uberizados, todavia, há uma lacuna referente a como esses trabalhos precários se integram ao movimento global de valorização e apropriação privada de valor. Assim, este ensaio objetiva a apreensão do movimento de reprodução do capital cuja base material concretiza-se nas dinâmicas das plataformas digitais, demonstrando as diferentes formas como o trabalho intermediado é engendrado no processo global de acumulação. Com uma abordagem materialista histórica, analisamos o fenômeno da uberização do trabalho no movimento de expansão da produção e circulação de mercadorias, perscrutando a dinâmica das principais empresas-plataformas quanto à sua relação com trabalhadores(as) e clientes, desvelando mediações no movimento do valor, que culmina em três formas de intermediação do trabalho: (a) Forma 1: como mercadoria de meio de consumo individual; (b) Forma 2: com parte dos processos de trabalho de um capital industrial; e (c) Forma 3: como moderador de relações de troca. Concluímos indicando que as três formas dos produtos na uberização nos ajudam a perceber como este processo de produção da mercadoria submete homens e mulheres às condições de trabalho precárias e ao aumento da exploração. As Formas 2 e 3, mais complexas e mediadas, demonstram como a uberização do trabalho se espraia na cadeia produtiva e propicia a extração e atração do mais-valor alhures, denotando o caráter imperialista da dinâmica capitalista nos dias atuais.

Leia o artigo de David Silva Franco e outros em https://www.scielo.br/j/osoc/a/zH4jGR87cRqFxsgVSZFp7hB/?format=pdf&lang=pt

Ao menos 19 estados estão em curso ou em preparação de reformas administrativas. As medidas visam, principalmente, a reestruturação de secretarias e a realocação de cargos. Para especialistas, porém, mudanças efetivas precisam ter uma maior amplitude, envolvendo ações profundas a médio e longo prazo. Até mesmo o termo “reforma administrativa” usado por algumas gestões soa exagerado, pois na maioria dos casos trata-se de uma readequação no organograma, o que em geral acaba ocorrendo no início de cada governo nos estados.

Leia o artigo de Emerson Vicente em https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/05/estados-preparam-restruturacao-administrativa-mas-medidas-ainda-sao-timidas-dizem-especialistas.shtml

O presente estudo objetivou analisar as “Propostas das universidades federais brasileiras aos candidatos à presidência da república em 2022”, produzidas pela Andifes, à luz do Governo Bolsonaro. Trata-se de um estudo qualitativo e documental. O corpus de pesquisa foi constituído pelas referidas “Propostas”, pelo Plano de Governo de Bolsonaro de 2018 e por documentos do Portal da transparência. Constatou-se a presença de demandas políticas e orçamentárias, com destaque para o respeito a autonomia, para a assistência estudantil, definição de estratégias de expansão e recomposição orçamentária. Conclui-se que as propostas apresentadas pela Andifes buscam um revir para antes da onda disruptiva produzida na educação brasileira pelo Governo Bolsonaro.

Leia o artigo de Luiz Alberto Pilatti e outros em https://www.scielo.br/j/aval/a/7nMRG8Fxbwb8sMGDcFf64qx/?format=pdf&lang=pt

Poluição do ar, desmatamento, extinção de espécies, degradação do solo e superpopulação representam grandes ameaças, que devem ser resolvidas para que o planeta continue sendo um lar para todas as espécies.

Leia o artigo de Nils Zimmermann em https://www.dw.com/pt-br/os-cinco-maiores-problemas-ambientais-do-mundo-e-suas-solu%C3%A7%C3%B5es/a-36024985

This study sought to investigate the effect of intrapreneurial behavior on project success dimensions. Although extant literature examines diverse aspects of influence on project success, it is silent on assessing intrapreneurial effects, even though companies target and foster such behavior. We found that the more the intrapreneurial behavior and profile increase, the greater the possibility of project success in a broad sense, regarding clients, project teams, strategies for the company’s future, commercial success, and efficiency. Latent class analysis reached three heterogeneous profiles in terms of intrapreneurship. These findings bring evidence of the importance of fostering intrapreneurial behavior on project teams, considering that members will develop it differently, leading to distinct project success outcomes in the middle and long term. Data from 411 project management participants were analyzed through exploratory factorial analysis, PLS-SEM, and latent class analysis. Finally, theoretical and managerial implications are discussed, along with the study’s limitations, and further proposed studies. Leia o artigo de Eduardo Carvalho Sakalauskas e outros em https://www.scielo.br/j/bar/a/yGXKkTCwfLzMHVx3zgMmktj/?format=pdf&lang=en

Novo livro reúne textos inéditos de sociólogo negro. Pensador que teve trajetória marcada pelo Golpe de 1964 defendia a necessidade de descolonizar o conhecimento e, assim, também as relações étnico-raciais no Brasil.

Leia o artigo de Edison Veiga em https://www.dw.com/pt-br/quem-foi-guerreiro-ramos-pioneiro-nos-estudos-sobre-racismo-no-brasil/a-65595940