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O Chile quer justiça social e a quer já, depois de décadas de promessas descumpridas e de, nas palavras da economista do desenvolvimento Nora Lustig, “um modelo privatizador dos serviços públicos que deixou muita gente de fora”. As receitas econômicas aplicadas nas últimas quatro décadas resultaram em uma onda de elogios dos principais organismos internacionais, consagrando o Chile com a bitola do “milagre econômico” da região por antonomásia, por suas saudáveis taxas de crescimento econômico e por ter obtido, em tempo recorde, uma das maiores rendas per capita da América Latina – posição eternamente em disputa com o Panamá. Mas o caso chileno é paradigmático de uma máxima que nunca convém esquecer na economia: que a renda per capita – que levou um bom número de economistas a compará-lo à Coreia do Sul, talvez o grande caso de sucesso contemporâneo em escala global, não é suficiente como termômetro do bem-estar real e da fragmentação socioeconômica de um território.

Leia o artigo de Rocío Montes e Ignacio Fariza em https://brasil.elpais.com/brasil/2019/11/09/economia/1573308911_971311.html

 

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