O principal objetivo do presente trabalho, que adota uma perspectiva de economia política, é contribuir para um debate sobre trajetórias alternativas para os bancos centrais e para a política monetária no século XXI. A urgência de lidar com a instabilidade financeira, a inflação, as desigualdades crescentes e com as questões ambientais aponta para a necessidade de reconfigurar o papel dos bancos centrais e das instituições monetárias, para que possam atuar de forma mais abrangente. Se, por um lado, é fato que o conjunto de reformas que são necessárias para assegurar a sustentabilidade de nossa sociedade excede o escopo de atuação dos bancos centrais, por outro é crucial reconhecer que os bancos centrais possuem um poder muito significativo, que deve ser exercido em prol da sociedade. Consequentemente, sem a adoção de uma abordagem mais adequada em relação à moeda e sua governança, existe um risco considerável de que políticas cruciais para enfrentar questões prementes possam permanecer sem implementação.
Leia o artigo de Simone Deos e Fernanda Ultremare em https://www.economia.unicamp.br/images/arquivos/artigos/TD/TD471.pdf