A discussão sobre a sustentabilidade ganhou visibilidade na segunda metade do século XX, quando foram realizadas diversas conferências internacionais. Assumindo uma configuração política, a relação entre homem e natureza conquistou a atenção de governos que, em alguma medida, vislumbraram os riscos que o desenvolvimento capitalista traz para o planeta. Entretanto, os acordos firmados nas discussões internacionais ainda guardam resultados discretos diante da gravidade instalada. É evidente que o interesse do Estado tem como foco o controle social da população, empreendendo, assim, um dos pilares do modelo neoliberal que preza pelo controle dos indivíduos em nome da segurança. No decorrer deste estudo, busca-se mostrar que essa preocupação, difundida entre nações e governos, guarda uma dimensão biopolítica de regulação e controle que nem sempre está articulada à preservação efetiva da riqueza natural de nosso planeta, tendo em vista as restrições à produção de riquezas que ela necessariamente colocaria em curso.
Leia o artigo de Sonia Regina Vargas Mansano e Marcos Nalli em http://www.scielo.br/pdf/psoc/v29/1807-0310-psoc-29-e156315.pdf