O tema da geografia da inovação vem ganhando crescente importância no debate nos últimos anos. O principal pressuposto da análise da geografia da inovação é que a concentração espacial dos agentes exerce efeitos positivos sobre os processos de aprendizado interativo e de inovação no nível local.
A proximidade geográfica entre as firmas e instituições de apoio é capaz de facilitar o processo de intercâmbio de informações e de compartilhamento dos conhecimentos, especialmente dos conhecimentos tácitos. Esses conhecimentos tácitos são compartilhados por meio dos mecanismos típicos da concentração geográfica dos agentes, como os contatos face-a-face e as interações frequentes. Inserido neste contexto, este trabalho tem o objetivo principal de discutir as principais abordagens que tratam das vantagens da co-localização e da concentração geográfica dos agentes econômicos. São apontadas as principais características dessas abordagens e as críticas mais importantes, de modo a apresentar o “estado da arte” da literatura sobre o tema da geografia da inovação. Além disso, é apresentada ainda uma agenda de pesquisa sobre o tema, apontando quais são os principais temas emergentes no campo da geografia da inovação. Essa agenda de pesquisa tem o intuito de abrir novas oportunidades de pesquisa, assim como de estimular a realização de novos trabalhos de investigação sobre o tema da geografia da inovação no Brasil.
Leia o artigo de Renato Garcia em https://www.economia.unicamp.br/images/arquivos/artigos/TD/TD402.pdf