Durante a era contemporânea, a evolução da grande maioria dos Estados latino-americanos seguiu dois cursos principais: o neoliberalismo e o neopopulismo. Apesar destas formações políticas serem baseadas em paradigmas conflitantes, ambos os fluxos têm uma coincidência fundamental: o enfraquecimento das capacidades institucionais do Estado e o surgimento de relações conflituosas entre os principais agentes do Estado e outros, tanto o mercado como a sociedade civil. Nesse contexto, é necessário explorar novos marcos de análise que garantam a autonomia e a cooperação efetiva entre as diversas esferas sociopolíticas dos tempos modernos. Os objetivos fundamentais deste trabalho consistem na exploração de novas abordagens teóricas para o redimensionamento do papel do Estado na América Latina, particularmente nas políticas de desenvolvimento. Para tanto, são analisados três eixos temáticos centrais: 1) as teorias vinculadas ao Estado desenvolvimentista, com ênfase no papel das organizações burocráticas, a partir da revisão da experiência dos países do Sudeste Asiático; 2) a análise de algumas das principais contribuições do modelo de governança, com ênfase na distribuição de poder entre os diversos agentes sócio-políticos, especialmente o Estado e o governo; e 3) uma breve revisão da natureza complexa e interativa do paradigma da sustentabilidade e suas implicações em relação ao papel do Estado nos processos de desenvolvimento.
Leia o artigo de Miguel Moreno Plata em http://old.clad.org/portal/publicaciones-del-clad/revista-clad-reforma-democracia/articulos/069-octubre-2017/Moreno.pdf