O crescimento acelerado da economia chinesa e de outros países asiáticos vem ampliando a participação daquele bloco na produção e no comércio internacional de manufaturas. Esse processo altera a geografia econômica e a ordem global, provocando forte desafio ao capitalismo ocidental, que se encontra em crise estrutural e busca recuperar sua posição relativa. A competição entre os dois blocos é condicionada por uma acelerada corrida cientifica e tecnológica. Ao contrário, o Brasil vem passando por rápido processo de desindustrialização e de redução dos investimentos em P&D, o que poderá comprometer, também, a desconcentração produtiva em curso. A difícil recuperação industrial e a preservação do processo de desconcentração regional exigem a montagem de uma nova e afirmativa política industrial, com visão de longo prazo e ênfase em ciência e tecnologia. Ela deverá também garantir a consolidação dos projetos em andamento e dedicar especial atenção ao aproveitamento das potencialidades regionais com vistas a ampliar as tendências de desconcentração territorial.
Leia o artigo de Clélio Campolina Diniz em https://www.scielo.br/pdf/rbeur/v21n2/pt_2317-1529-rbeur-21-02-241.pdf