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Em função das condições sociais e geográficas, a pandemia do coronavírus adquire, aqui, um grau alarmante de perversidade. Se entre o vírus e o hospedeiro se estabelece uma relação de ordem natural, quando se trata de sua difusão epidêmica ou pandêmica são as relações e as condições socioespaciais que passam a ordenar o processo. Como se pode verificar pelo mapeamento on-line (https://bit.ly/mapa-RJ) dos casos na cidade do Rio de Janeiro, a evolução intraurbana da pandemia tem um padrão geográfico claro. Ela reproduz a segregação socioespacial de nossas cidades. O vírus vem das áreas ricas, em contato com o exterior, e adentra aos poucos as áreas mais pobres em função das relações de trabalho, em especial do trabalho doméstico.

Leia o artigo de Renato Balbim em https://diplomatique.org.br/o-combate-ao-coronavirus-nas-favelas/

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