Este artigo investiga os saberes práticos incorporados (saberes-fazeres) que compõem as práticas organizativas das culturas populares na cidade de Caruaru, localizada na região Agreste do estado de Pernambuco, no Nordeste brasileiro. Realizamos entrevistas informais e semiestruturadas com 15 mestres, mestras e artistas de Caruaru, ligados(as) a onze diferentes segmentos das culturas populares, e realizamos observações não participantes em oficinas, reuniões e fóruns. Nossa discussão reflete sobre ancestralidades, afetos entre familiares, mestres, mestras e aprendizes, regras explícitas, conflitos e distinções que constituem os saberes-fazeres populares subjacentes às práticas organizativas. Destacamos como principais contribuições do artigo aos Estudos Organizacionais: a produção de conhecimento autêntico sobre organizações localizadas em contextos periféricos, e o questionamento da distinção entre ‘saber’ e ‘fazer’ e da racionalidade instrumental como a base das práticas organizativas. Finalmente, apontamos como a teoria da prática inicia uma discussão ampla sobre as culturas populares num contexto periférico como o Agreste de Pernambuco, que inclui a contribuição de outras perspectivas e conduz a ações concretas na prática.
Leia o artigo de Elisabeth Cavalcante dos Santos e outros em https://www.scielo.br/j/osoc/a/Gpy7bhJy6kfzLn4vVPZjpdR/?format=pdf&lang=pt