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A criminalidade urbana é um dos problemas mais graves em países em desenvolvimento. Em contextos de forte desigualdade social, como no Brasil, as atividades criminosas afetam a vida das pessoas de maneira generalizada, aparentemente ignorando contornos geográficos, econômicos ou sociais. Porém, uma leitura rigorosa do problema da criminalidade pode revelar modos como ela se acentua em função de fatores sociais e espaciais específicos. Este artigo investiga as relações entre crime, vítimas e situações urbanas. A hipótese é a de que essas relações não sejam aleatórias, mas envolvam padrões de conexão entre certos tipos de crime, características das vítimas e a localização das ocorrências. Conexões heterogêneas entre esses fatores tornariam certos grupos sociais mais suscetíveis a tipos específicos de crime. O artigo investiga essas conexões na cidade do Rio de Janeiro, propondo um método de análise via redes complexas capaz de agrupar (i) ocorrências criminais similares de acordo com o perfil das vítimas, (ii) as características dos tipos de crime registrados e (iii) suas diferentes localizações. O exame dessa topologia da criminalidade urbana é realizado em um estudo empírico de grande escala envolvendo 5.000 ocorrências aleatoriamente selecionadas, entre 2007 e 2018, na cidade do Rio de Janeiro.

Leia o artigo de Fernanda Careta Ventorim e Vinicius M. Netto em https://www.scielo.br/j/urbe/a/KNd5wP9wDtRcfsbwJ8DKRqJ/?format=pdf&lang=pt

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