Este estudo é um esforço teórico para repensar as Relações Internacionais a partir da perspectiva da Teoria Crítica Neo-Gramsciana na qual seu objeto empírico é a hegemonia dos EUA no âmbito da América Latina.
Mais especificamente, este estudo refere-se à fabricação de um consenso dirigido por uma classe dominante americana através de seu próprio veículo para isso – a Rede Atlas – que encontra legitimidade e apoio em suas contrapartes latino-americanas. Com base em dados primários, documentos públicos e bibliografia especializada, este estudo visa contribuir para repensar as Relações Internacionais usando este instituto como objeto de relação empírica com o estudo teórico. Mais do que apresentar estratégias de dominação através de aparelhos privados de hegemonia, este estudo nos incentiva a refletir sobre práticas e conceitos relativamente esquecidos (ou marginalizados) nas Relações Internacionais, como o imperialismo, a hegemonia e o papel da construção de consensos. Finalmente, ele contribui para, a partir da Teoria Crítica, compreender o papel das classes dominantes na criação de consenso nos países e classes subalternos para manter esta mesma estrutura hegemônica.
Leia o artigo de Camila Vidal em https://www.scielo.br/j/cint/a/fSdMnZfjWKVCzNvRyb4X8Sp/?format=pdf&lang=en