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O trabalho tem por objetivo mensurar e caracterizar o fenômeno da pobreza multidimensional no estado do Maranhão e seus respectivos municípios. Ao considerar que esse estado é o mais pobre do Brasil em termos monetários, utiliza-se o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) e sua comparação com as linhas de indigência e pobreza para discutir as potencialidades da abordagem multidimensional da pobreza. Para o cálculo do IPM foram utilizados os dados do componente amostral do Censo Demográfico de 2010. O IPM foi construído com quatro dimensões (educação, saúde, trabalho e padrão de vida) e 13 indicadores. Os resultados permitem identificar uma incidência de pobreza multidimensional muito pequena na comparação com a pobreza monetária, o que implica em uma focalização das situações de pobreza aguda, associadas a privações simultâneas e de difícil superação, que não necessariamente se associam com a privação de renda. Por meio da decomposição do IPM, aponta-se a necessidade do combate à pobreza por meio de políticas públicas e projetos sociais voltados à infraestrutura, em especial ao acesso à água potável, ao saneamento e ao tratamento de lixo doméstico, e à formalização do trabalho e melhoria da educação da população adulta.

Leia o artigo de Lucas Wan Der Maas e outros em https://www.scielo.br/j/se/a/bVmLTHNsKXm98VSpPx3NWrQ/?format=pdf&lang=pt

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