O objetivo deste artigo é abordar a Indústria 4.0 como o cerne de um novo paradigma de produção – o ciberfordismo – que emergiu no bojo do estágio ultraneoliberal do capitalismo.
Primeiramente, apresentamos as características da Indústria 4.0 para evidenciar como ela radicaliza os processos de automação da produção e de inserção da inteligência artificial nos processos decisórios. Em seguida, retomamos os contornos dos paradigmas fordistas e pós-fordistas de produção, demarcando a continuidade entre estes e o ciberfordismo, bem como apontando a desconstrução do compromisso fordista e do Estado de bem-estar em sua transição para os modelos de flexibilização pós-fordistas e neoliberais. Discutimos também as características do paradigma ciberfordista, que maximiza os propósitos do fordismo clássico, uma vez que tende a tornar prescindíveis a mão de obra qualificada e até mesmo os próprios gerentes. Na conclusão, destacamos as contribuições do artigo e recomendações para futuras pesquisas.
Leia o artigo de Ana Paula Paes de Paula e Ketlle Duarte Paes em https://www.scielo.br/j/cebape/a/jdPSyBLskZhg6MBgfWKXBsF/?format=pdf&lang=pt