Os arranjos familiares têm se transformado a partir de diversos processos dinâmicos, como a redução da fecundidade, a emancipação da mulher e sua consequente inserção no mercado de trabalho, o aumento do número de divórcios e a ampliação da expectativa de vida.
Essas transformações levaram a uma diminuição do tamanho das famílias e diversificação de sua composição. Diante do surgimento de novas estruturas familiares decorrentes da dinâmica social, este estudo analisa a relação dos arranjos familiares com o desempenho escolar dos alunos do 5º e 9º anos de escolas públicas no Brasil em 2015, a partir dos dados da Prova Brasil. A nota de matemática foi utilizada como medida de desempenho e os efeitos da família foram avaliados a partir da modelagem hierárquica dos dados. Os resultados demonstram pouco efeito dos arranjos familiares sobre a proficiência média em matemática, evidenciando que outros elementos e mediadores relacionados aos resultados escolares, tais como status socioeconômico, trajetória do aluno, hábitos escolares individuais e ambiente da escola, apresentam maior relação com o desempenho escolar do que a composição do arranjo por si só.
Leia o artigo de Larissa de Eleterio Lima e outros em https://www.scielo.br/j/rbepop/a/xCtGGwfcqWtZ4LJntkT6sCM/?format=pdf&lang=pt