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A revista Valor econômico: Grandes grupos, publicada em dezembro de 2020, apresenta a evolução dos 200 maiores grupos econômicos do país.

Baseado em dados de 2019, portanto antes do impacto da pandemia, o estudo constata que “dos quatro setores analisados, apenas o setor de Finanças registrou aumento no lucro líquido (27,1%). Comércio (-6,8%), Indústria (-7,8%) e Serviços (-34,8%) caminharam para trás”. O estudo ressalta “o bom desempenho da área financeira, sobretudo bancos, cuja fatia no lucro líquido consolidado dos 200 maiores aumentou de 37,7% para 48,9%”. Traduzindo: o que rende no Brasil é ser banco, e de preferência grande. O resultado é muito impressionante, pois os bancos, intermediários do dinheiro dos outros, constituem atividade-meio, devendo custar à sociedade o menos possível, ao mesmo tempo em que tornam o dinheiro mais produtivo, fomentando a economia. Um banco que reúne poupanças, e oferece crédito a custos razoáveis para produtores industriais ou agrícolas ou de outros setores produtivos, torna empresários capazes de gerar emprego e produto. Quando extraem mais dinheiro da sociedade do que contribuem em termos produtivos, eles estão empobrecendo as famílias que gastam em juros o que poderiam gastar em bens e serviços. Isso fragiliza a demanda, o que, por sua vez, fragiliza as empresas, e ambas fragilizam o fluxo de receitas para o Estado.

Leia o artigo de Ladislau Dowbor em https://aterraeredonda.com.br/a-financeirizacao-em-numeros/

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