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Nos debates sobre desenvolvimento territorial, a versão culturalista de Capital Social (Robert Putnam) e a Abordagem das Capacidades (Amartya Sen) destacaram-se a partir dos anos 1990. O artigo escrutina a pertinência da tese putnamiana, a partir da noção de desenvolvimento elaborada por Sen, no sentido de verificar o quanto o capital social é capaz de ampliar capacidades, desviando-se, assim, o foco do crescimento, para o bem-estar. Tomam-se como base empírica os 496 municípios do estado do Rio Grande do Sul, estado rico e diverso, em termos étnicos e culturais. Contrariando o cerne da argumentação putnamiana, os resultados mostram que o capital social não é relevante para explicar a realidade dos municípios quanto a emprego e renda, mas sim para explicar desempenhos em saúde e educação, o que relativiza e complexifica a hipótese culturalista, bem como evidencia outros elementos e mecanismos subjacentes às disparidades territoriais.

Leia o artigo de Airton Adelar Mueller em https://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v35n103/1806-9053-rbcsoc-35-103-e3510308.pdf

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