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Robert Boyer, cofundador, nos anos 1970, da “escola da regulação”, faz, em entrevista ao “Le Monde”, o diagnóstico do choque que hoje abala a economia mundial e dos seus possíveis futuros. Para Boyer não podemos aplicar palavras herdadas de crises anteriores a uma nova realidade. Mais do que um equívoco, é um erro porque indica que esperamos aplicar os remédios conhecidos e, portanto, ineficazes. A estratégia econômica pautada pela ideia de que se trata de uma recessão – e que basta, portanto, manter o que resta da economia, para então retomar a atividade e voltar à situação anterior (a famosa recuperação “V”) – está, portanto, fadada ao fracasso. O ano de 2020 pode ficar na história não apenas como o de um choque econômico devido às perdas colossais do PIB e do empobrecimento de amplas camadas da sociedade, mas também como o momento em que os regimes socioeconômicos, incapazes de garantir as condições de sua reprodução, atingiram seus limites. Só haverá “saída para a crise” quando a transformação estrutural da economia que se desenrola sob nosso olhar estiver suficientemente avançada. Longe do advento de um “dia seguinte” ecológico e socialmente mais justo, o economista prevê um embate entre o capitalismo digital e financeiro do GAFA [Google, Apple, Facebook, Amazon] e os capitalismos de Estado.

Leia o artigo de Antoine Reverchon em https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia-Politica/Robert-Boyer-O-capitalismo-emerge-consideravelmente-fortalecido-por-esta-pandemia-/7/48900

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