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No momento em que o Brasil termina agora um ciclo de desenvolvimento que teria durado uma década e recebeu o nome de “lulismo”, parece salutar voltar os olhos à teoria de Celso Furtado a fim de se perguntar se, afinal de contas, tal desenvolvimento não foi a mais bem-acabada expressão de um “mito”. Não se trata aqui de negar como, no final de 2010, assistimos a fenômenos como a ascensão social de 42.000.000 pessoas com sua ampliação da capacidade de consumo, a elevação do salário mínimo a 50% acima da inflação, a abertura de quatorze universidades federais e a consolidação do crédito, de 25% para 45% do PIB. Mas se trata de perguntar se a circunscrição do pretenso sucesso do modelo econômico lulista a tal “lógica dos meios” não expressa claramente a incapacidade de setores hegemônicos da esquerda brasileira assumirem como tarefa maior a crítica do mito de desenvolvimento econômico e a absorção da “criatividade social” como conceito fundamental para a definição do que pode ser entendido como “progresso”.

Leia o artigo de Vladimir Safatle em https://aterraeredonda.com.br/o-mito-do-desenvolvimento-economico-na-era-lula/

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