Passadas apenas quatro semanas desde a decretação da pandemia de COVID-19 pela OMS, em 11 de março de 2020, não resta mais dúvida de que o mundo está diante de um dos seus maiores desafios desde a Segunda Guerra Mundial (na impactante expressão da chanceler alemã Angela Merkel). O entrelaçamento – com características bastante específicas – entre a dimensão sanitária e econômica dos problemas tem levado a uma série de reações e reflexões mundo afora, com muita informação e análise circulando em ritmo intenso. Enquanto no Brasil algumas autoridades debatem a suposta “escolha” entre perdas humanas ou de empregos, é claro para instituições e agentes relevantes que a crise econômica está instalada, tem dimensões dramáticas e está sendo, pela maior parte dos governos responsáveis, enfrentada com instrumentos também sem precedentes. O objetivo desta nota é oferecer um panorama sucinto de algumas das informações disponíveis – até o dia 14 de abril – sobre os impactos da coronacrise na economia internacional, com foco especial nos países periféricos. Abstendo-se de examinar o vasto tema das reações de política, o texto destaca a dupla natureza das dificuldades, examina os seus canais de transmissão internacional e organiza as estimativas que vêm sendo feitas por diferentes organismos a respeito das perdas econômicas que devem se verificar no ano de 2020.
Leia o artigo de André Biancarelli e outros em http://www.economia.unicamp.br/images/arquivos/nota-cecon-n12-14-04-2020.pdf