Em que pese o movimento de redução de 2,5% na taxa de desocupação entre o primeiro trimestre de 2017 (13,7%) e o trimestre móvel encerrado em novembro de 2019 (11,2%), equivalente à absorção de 2,2 milhões de pessoas, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C) do trimestre móvel encerrado em novembro revelam que, neste mesmo período, houve um acréscimo de 3,8 milhões de indivíduos (3,6% da força de trabalho) a três grupos ocupacionais ligados diretamente ao cenário da informalidade: emprego sem CTPS no setor privado, trabalho doméstico sem CTPS e por conta própria sem CNPJ. Reunindo os três indicadores com o trabalho familiar auxiliar, que em geral não representa assalariamento, é possível dizer que os últimos dados da Pnad-C sinalizam uma informalidade de 40,3% da população ocupada no B, o que equivale a cerca de 38 milhões de pessoas. Ou seja, o ano de 2019 encerrou com quase metade da população ocupada inserida ao campo da informalidade, indissociável de uma maior suscetibilidade à precarização das condições de trabalho.
Leia o artigo de Pedro Daniel Blanco Alves em https://diplomatique.org.br/ode-a-informalidade/