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Este ensaio serve-se das categorias “sagrado” e “profano” com o objetivo de analisar ideias motoras do Movimento Escola Sem Partido (MESP) que, como hipótese, procura instaurar uma visão de mundo escolar, apoiado em esquemas binários e convencionais de pensamento. Essas duas categorias procuram compreender como o MESP estabelece “deveres de condutas do professor” expressos em seu Projeto de Lei. Essa realidade político-educacional pode ser constituída de duas hipóteses: 1) pela construção social de um mundo heterônomo e virtualmente confuso e 2) pela atualização mítica de um tipo de professor “sagrado” que faria face ao mundo profano supostamente em questão. Estas sinalizam formas simbólicas de um passado cristalizado, constituindo aquilo que Bourdieu chamava de “paradigma de D. Quixote” – uma expressão subjetiva anacrônica à realidade objetiva. A realidade objetiva da educação é apresentada no último item do artigo, a partir de uma interpretação dramática onde tensões entre os valores “sagrado” e “profano” são entendidos como inerentes à condição social de professor.

Leia o artigo de Tiago Ribeiro Santos e Gicele Maria Cervi em http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v27n105/1809-4465-ensaio-S0104-40362019002701549.pdf

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