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Dois temas ocuparam lugar de destaque na agenda das discussões socioeconômicas neste início do século XXI: o redesenho do mapa geopolítico e a polarização crescente da riqueza e do poder mundial; e a pauperização de grandes massas populacionais, sobretudo na periferia do sistema capitalista. Estes não são problemas novos, pois vêm sendo discutidos há muito tempo, no campo teórico e político. Cabe lembrar que tais problemas se intensificaram no período denominado de globalização. Essa “fase” não pode ser tratada como algo necessariamente novo, é uma espécie de exacerbação do liberalismo clássico, econômico e político, em particular da sua crença num capitalismo sem fronteiras e gerido por Estados nacionais que fossem reduzidos às suas funções mais elementares. O insucesso desse ideário em promover o desenvolvimento sustentável torna indispensável novamente a recuperação de um debate que muitos consideram superado sobre o desenvolvimento desigual e pauperizante do capitalismo. A dúvida é se haverá capacidade de reorganização do debate estrutural sobre os rumos da América Latina, incluindo aí o seu papel da geopolítica e geoeconomia, ou se ficaremos reféns apenas de responder aos desafios da “nova-velha” agenda liberal.

Leia o artigo de José Luis Fiori em https://diplomatique.org.br/debate-estrutural-na-america-latina/

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