O Panorama do Emprego da América Latina e Caribe 2018, da Organização Internacional do Trabalho – OIT, afirma que a evolução dos principais indicadores do mercado de trabalho na região refletiu um ligeiro avanço em relação ao ano anterior, incluindo uma mudança de tendência na taxa de desemprego, que baixou depois de três anos de altas. A taxa média de desemprego na região caiu de 8,1% em 2017 para um valor estimado de 7,8%, em 2018. Além disso, há sinais positivos de crescimento do emprego assalariado, assim como do nível das remunerações. Mas também é verdade que, em um contexto de crescimento econômico lento, a melhora na taxa de desemprego tem sido modesta. Da mesma forma, é necessário entender que, por trás das médias regionais, houve comportamentos diferentes dos indicadores no nível dos países e sub-regiões e que, mais uma vez, os dados do Brasil, com cerca de 40% da população economicamente ativa, foram determinantes para a tendência registrada. No caso das mulheres, o relatório afirma que sua participação no trabalho mantém a tendência ascendente. Em 2016 passou de 50% e no terceiro trimestre de 2018 registrou 50,3%, o que é uma indicação de que o hiato de gênero tende a diminuir, embora seja necessário lembrar que se trata de uma questão pendente, pois ainda há mais de 20 pontos percentagem de diferença com os homens. Quanto à taxa de desemprego feminino, atingiu 10% no terceiro trimestre de 2018. Esse indicador é persistentemente superior ao dos homens, que registrou 7,3% no mesmo período. Uma questão de grande preocupação para a OIT é a situação do emprego dos jovens. Esta edição do Panorama afirma que a taxa média de desemprego entre os jovens na região continua próxima de 20% (19,6% no terceiro trimestre), o que implica que um em cada cinco jovens em busca de emprego não consegue, gerando desânimo e frustração devido à falta de oportunidades.
Leia a publicação da OIT em https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/—americas/—ro-lima/documents/publication/wcms_654969.pdf