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O objetivo principal do artigo é analisar comparativamente dimensões centrais dos arranjos de governança da inovação no Brasil e nos Estados Unidos: desempenho, arquitetura e financiamento dos instrumentos das políticas públicas.

A partir de análise exploratória, histórica e abrangente, com métodos qualitativo e quantitativo, foi possível apresentar achados interessantes. Com relação à performance, o estudo demonstrou que o Brasil possui resultados aquém das suas potencialidades e, principalmente, é ineficiente na tradução dos insumos em produtos e serviços inovadores. Ao contrário, os Estados Unidos não são apenas eficientes, mas também líderes nos rankings das maiores empresas globais, clusters tecnológicos e inovações disruptivas em diversos setores da economia. Quanto à arquitetura da política, as semelhanças se restringem à evolução recente e ao baixo grau de coordenação entre os instrumentos; todavia, o policy mix dos Estados Unidos se destaca pela magnitude, complexidade, diversidade das atuações e, sobretudo, pelo dinamismo e perenidade dos programas governamentais. As comparações dos financiamentos reforçam a disparidade entre os dois países, na medida em que a política no governo federal brasileiro é marcada por mudanças do tipo de substituição com alta volatilidade nos recursos, agravado pelo processo de desmonte em curso desde meados da década passada. Ao contrário do governo norte-americano que as modificações no policy mix são, predominantemente, do tipo de camadas ou layering com financiamento intenso, perene e crescente no tempo. Como conclusão, o artigo ressalta o quanto o Brasil está cada vez mais distante da fronteira da inovação global e a passos lentos nessa direção, o que é preocupante considerando que as mudanças econômicas, tecnológicas e sociais vêm se intensificando.

Leia o artigo de Pedro Luiz Costa Cavalcante em https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/12009/1/TD_2878_web.pdf

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