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Em 2019, 13,7% do PIB brasileiro foi dedicado ao pagamento da folha de pessoal da Administração, somando-se servidores ativos, inativos e pensionistas. Entre 2008 e 2019, o número de funcionários federais aumentou 11%, ao passo que os gastos com sua remuneração cresceram 125%. O Brasil gasta com o funcionalismo público mais do que Chile, França e Alemanha. Além disso, existem grandes diferenças salariais entre o setor público e a iniciativa privada: enquanto a média salarial do setor público em 2019 foi de R$ 6.219, no setor privado ela alcançou apenas R$ 2.498 (uma diferença de 240%). O aumento dos gastos com a máquina pública não significou uma melhora na qualidade dos serviços públicos no país. Pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) em 2016 apontou que 90% dos brasileiros estão insatisfeitos com a qualidade dos serviços públicos e 80% consideram que a qualidade dos gastos públicos poderia melhorar. Uma percepção tão negativa a respeito dos serviços públicos prestados no Brasil é resultado de uma série de fatores. Por isso, não há uma bala de prata capaz de solucionar sozinha as mazelas da Administração brasileira, mas a reforma administrativa pode ser um passo na direção de uma gestão mais eficiente da coisa pública.

Leia o artigo de Anna Carolina Migueis e Leonardo Parizotto Gomes em https://diplomatique.org.br/reforma-administrativa-da-caricatura-as-reais-necessidades-da-burocracia/

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