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Como conciliar rigor acadêmico e militância política é uma questão que tem atormentado, senão mesmo paralisado, muitos intelectuais do nosso tempo. São poucos os que, como Florestan Fernandes, conseguiram satisfazer as demandas, por vezes contraditórias, desses dois tipos de envolvimento.

A maioria acabou por sucumbir ao desafio, ou abandonou o trabalho intelectual para dedicar-se à política, ou sacrificou a militância às exigências da academia. Esse dilema é peculiar ao nosso tempo, quando o intelectual se profissionalizou e suas atividades como professor, pesquisador e escritor tornaram-se cada vez mais absorventes, em detrimento do engajamento político. Por isso, muitos intelectuais deixaram de crer na cultura engajada e o próprio termo passou a ser suspeito.

Leia o artigo de Emília Viotti da Costa em https://aterraeredonda.com.br/florestan-fernandes-i/

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