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Viver na linha de tiro é viver sob tensão. Os tiros não só matam e ferem, como impactam de muitas formas a saúde de milhares de moradores de favelas. Conviver com as violações de direitos provocadas por recorrentes operações policiais causa danos irreparáveis. Quem sobrevive sente no corpo e na mente os impactos de uma escolha política que produz diversas violências e custa caro aos cofres públicos. O estudo se debruça sobre dados de diversas fontes para estimar os efeitos da fracassada política de guerra às drogas sobre a saúde física e mental dos moradores de favelas cariocas sistematicamente expostos a tiroteios com a presença de agentes de segurança pública, bem como alguns dos custos econômicos decorrentes desses episódios. Falar sobre saúde no Brasil é refletir sobre desigualdades extremas na medida em que parcelas consideráveis da população têm sido alijadas de várias dimensões da cidadania. Mesmo após a promulgação da Constituição Federal, em 1988, que garantiu a inclusão e ampliação de direitos fundamentais a todos os brasileiros, o acesso à educação de qualidade, renda, trabalho e saúde continua muitíssimo limitado, especialmente no que diz respeito à população negra e periférica.

Leia o artigo de Julita Lemgruber (coordenadora) e outros em https://cesecseguranca.com.br/wp-content/uploads/2023/08/RELAT%C3%93RIO_Saude-na-linha-de-tiro.pdf

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