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Durante meses, analistas de mercado exibiam – e muitos ainda exibem – otimismo em relação a que a aprovação da reforma da Previdência, se não for excessivamente desidratada no Congresso, levará ao aumento da confiança dos investidores, à queda da percepção de risco e das taxas de juro e, com isso, à expansão dos investimentos privados impulsionando a retomada da economia. Apesar de repetido à exaustão, esse raciocínio já foi empiricamente refutado no exterior e mesmo recentemente no Brasil, quando o aumento da confiança que se seguiu à aprovação do teto de gastos não aumentou os investimentos. A frustração não deveria surpreender, dada a falácia da divisão que ele carrega, atribuindo às partes uma propriedade do todo. De fato, se o conjunto do empresariado investir, a demanda agregada cresce, absorvendo a expansão da produção resultante dos investimentos e elevando os lucros totais. Já se o empresário individual investir, mas o movimento conjunto não ocorrer, o aumento da produção resultante do seu investimento não será absorvido pela demanda, estagnada, e seus lucros cairão. Sabendo disso, o empresário tende a ser cauteloso, esperando que a demanda dê sinais de crescimento antes de investir. Mas, ao fazê-lo, torna a retomada econômica apoiada no aumento da confiança uma ilusão.

Leia o artigo de Emilio Chernavsky em http://brasildebate.com.br/reformas-falacias-e-estagnacao/

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