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Estudos anteriores sobre populismo autoritário colocaram a hipótese de uma relação entre o “cultural backlash” e o partidarismo negativo, sugerindo que os valores conservadores e o ódio aos partidos de oposição alimentam o desejo de uma liderança forte. Este artigo contribui para a literatura ao testar a influência do ressentimento de classe social na ascensão do Bolsonaro ao poder no Brasil. Com base na pesquisa AmericasBarometer 2018/19, a análise revalida as conclusões de estudos anteriores, destacando o papel central da rejeição ao Partido dos Trabalhadores na explicação da propensão para votar no candidato de extrema-direita e, em menor grau, a influência dos valores autoritários neste estudo de caso. Nossas conclusões dão algum apoio à hipótese de ressentimento de classe social também. O ressentimento de classe social foi encontrado, moderando significativamente a relação entre sentimento antipetista e comportamento dos eleitores, o que esclarece a capacidade de Bolsonaro de captar eleitores ressentidos dispostos a subordinar a redistribuição social à defesa de privilégios previamente adquiridos.

Leia o artigo de Riccardo Valente e Julian Borba em https://www.scielo.br/j/op/a/dWYwGbsny7hybtyc7jVjrTC/?format=pdf&lang=en

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