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A literatura aponta para as restrições que existem à avaliação de desempenho (AD) no   serviço público relacionadas à percepção de justiça e aspectos culturais, entre outros.

Para analisar a efetividade da política de AD dos servidores públicos da administração federal brasileira, foi realizada uma avaliação ex-post da política, considerando seu impacto e seu processo de implementação. Os resultados mostraram uma eficácia reduzida da política decorrente, por um lado, das falhas na implementação, identificadas em cada etapa da política. Por  outro lado, foram identificadas barreiras estruturais-(i) estabilidade no trabalho; (ii) acesso por concurso; (iii) rotatividade frequente das chefias; (iv) autonomia e discricionariedade dos servidores; (v) elevado número de atores com poder de decisão e veto – que geram limitações culturais em relação à AD – (i) camaradagem entre os trabalhadores; (ii) não aceitação de críticas sobre o desempenho; (iii) ausência de cultura gerencial; (iv) prática tradicional de burocratizar o processo  de  avaliação; (v) gratificação por desempenho ineficaz. Uma das principais implicações práticas discutidas – além da necessidade de aprimorar o desenho e a implementação da política – é que as políticas tradicionais de AD no Brasil confrontam as características da administração federal, o que gera uma rejeição do processo. A pesquisa detalha os obstáculos organizacionais à AD no serviço federal brasileiro, que poderiam ser testados em outros contextos.

Leia o artigo de Enrique J. Sánchez Elvira e Maria de Fátima Bruno-Faria em https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/5941/3769

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