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A América Latina foi gravemente afetada pela pandemia global COVID-19, o que estimulou a resposta dos seus governos. Nesse contexto, esses países têm utilizado suas forças armadas para uma série de tarefas a serviço dos cidadãos.

Mas quão militarizada é a resposta à COVID-19 na América Latina? Este artigo propõe uma tipologia de tarefas solicitadas a esses militares em resposta à COVID-19. Os resultados descritivos nos permitem mapear as várias tarefas que os militares estão sendo encarregados de fazer, atribuindo notas às quatorze democracias latino-americanas. Também mostramos evidências das consequências potenciais de algumas tarefas. Pode-se observar que há risco de violação dos direitos humanos quando militares são encarregados de policiar as ruas para fazer cumprir as ordens de permanência em casa. Ainda, quando os militares assumem cargos eminentemente civis na administração da crise de saúde pública vislumbram-se implicações de longo prazo em relação ao equilíbrio civil-militar, o que prejudica o controle democrático sobre os militares.

Leia o artigo de Anaís Medeiros Passos e Igor Acácio em http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rap/article/view/83158/79014

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