neoliberalismo

O estudo começa coletando evidências relativas a eventuais ciclos de regulação/desregulação entre as décadas iniciais dos séculos XX e XXI. Depois, analisa a passagem do Homem Medieval para o Homem Liberal na Europa, onde foca no impacto econômico e político desses eventos desde o Liberalismo Clássico até o Neoliberalismo. Segue-se uma busca de respostas para o atual quadro de desarranjos e tendências autoritárias no mundo derivadas, em essência, do Neoliberalismo dominante e especulações são feitas acerca do futuro desse sistema.

Leia o artigo de Luiz Afonso Simoes da Silva em https://www.scielo.br/j/rep/a/tnpbYpmGvkhhsMnTvymrDVn/?format=pdf&lang=pt

Este artigo apresenta as novidades chave e relativamente inéditas da nova fase do capitalismo neoliberal no século XXI. Sob a designação: Novo neoliberalismo, enfatiza-se os atributos cruciais deste processo econômico político. Ao redor do Estado Punitivo e Empreendedor de Trabalho (EPET) sintetiza sua Arquitetônica, ou seja, as reconfigurações do neoliberalismo tardio, as quais se encontram em relação com o desenvolvimento do Capitalismo contemporâneo e o tipo de Estado neoliberal em geral, os modos de estruturação dos aparatos estatais (atualmente: redes) em torno da nova gestão pós-burocrática e a modalidade típica de governo: a governança. A crise e a recomposição do neoliberalismo como um Projeto político da classe capitalista transnacional na virada dos séculos sugerem a transição para uma versão complexa e emergente (heterodoxa). Aqui as rupturas, no nível dos princípios e referências dos Programas de políticas públicas, reforçam a continuidade histórica do processo econômico político no novo milênio.

Leia o artigo de José Francisco Puello-Socarrás em https://www.scielo.br/j/read/a/qs78Hzvq84VTPxq7Vq9NnyH/?format=pdf&lang=pt

Este texto para discussão tem como objetivo básico reconstituir os principais temas discutidos no Colóquio Walter Lippmann (1938), destacando o seu impacto na constituição do “neoliberalismo” contemporâneo.

Leia o artigo de Eduardo Barros Mariutti em https://www.economia.unicamp.br/images/arquivos/artigos/TD/TD415.pdf

O neoliberalismo conseguiu atingir níveis sem precedentes de poder e dominação. Apesar disso, a literatura mostra que muitos aspectos da história do neoliberalismo permanecem obscuros. Nesse sentido, este artigo discute dois aspectos notáveis. O primeiro é que o neoliberalismo carece de uma definição clara e muitas vezes é confundido com muitos outros conceitos. O segundo aspecto diz respeito às origens do neoliberalismo, que muitas vezes são uma versão particular que não necessariamente reflete as raízes profundas do pensamento neoliberal. Este artigo argumenta que submeter a história do pensamento neoliberal ao escrutínio contribui para remover muitas das ambiguidades associadas a esses dois aspectos. Por um lado, permite identificar as diferentes interpretações do neoliberalismo e, por outro, mostra o fato de que o neoliberalismo surgiu em meio à crise do liberalismo clássico e como reação à expansão do coletivismo. Leia o artigo de Sulafa Nofal em https://www.scielo.br/j/rep/a/Fch3TXgZzY5MzqNBFWK8yqq/?format=pdf&lang=en

En este artículo se analizan las principales características de los dos grandes modelos económicos del siglo pasado y lo que va del presente en América Latina. El primero está centrado en el desarrollo nacional, con una estructura de bienestar relativa. El segundo presenta las particularidades distintivas del modelo neoliberal vigente, en cuanto a la ruptura del pacto social entre capital, Estado y clase trabajadora, además de la flexibilización y desregulación como formas de gestión del trabajo. A modo de hipótesis, se exploran algunas de esas singularidades respecto a la aparición de una nueva precariedad laboral, así como de nuevas desigualdades de ingreso y pobreza, considerando las diferencias entre los países que adoptaron el modelo neoliberal y los que optaron por formas de gobierno posneoliberales. Los resultados en todas las dimensiones y variables consideradas mostraron condiciones más desfavorables en los países que con mayor apego siguieron el modelo neoliberal.

Leia o artigo de Dídimo Castillo Fernández em https://repositorio.cepal.org/server/api/core/bitstreams/377ab241-0a74-40fa-ba9a-6c20cf31bd61/content

O artigo discute os efeitos da disseminação das Tecnologias de Informação e Comunicação para a efetivação do direito social, segundo a lógica da racionalidade governamental neoliberal. O foco é na produção de normatividades pela difusão dessas tecnologias, tanto nos modos de objetivação e subjetivação quanto nas tensões de operação das técnicas jurídicas e dos sistemas de decisão assistidos por inteligência artificial. A questão final é sobre as implicações dessas mudanças para o direito enquanto prática de juízo centrada na questão da justiça. Estaríamos diante do fim do direito?

Leia o artigo de Andrei Koerner e outros em https://www.scielo.br/j/ln/a/RJrRn99qtcJ58T7GVG58DPh/?format=pdf&lang=pt

O presente artigo procura investigar, a partir de levantamentos realizados no município de Araraquara – SP, a relação entre sistemas de transporte público e o desenvolvimento urbano, assim como também analisar o papel do Estado e da política neoliberal nesse contexto. Para isto, foi realizado um extenso levantamento bibliográfico sobre Araraquara, buscando caracterizar e delinear a evolução histórica dos sistemas de transporte público. Essas análises foram realizadas com o apoio de ferramentas de Sistemas de Informação Geográfica (SIG). Pode-se afirmar que existe uma profunda conexão entre os sistemas de transporte público e o desenvolvimento urbano, bem como o papel do poder público como um instrumento de um processo neoliberal de especulação imobiliária que impacta o ambiente urbano de forma negativa.

Leia o artigo de Tatiane Borchers e Victor Garcia Figueirôa-Ferreira em https://www.scielo.br/j/cm/a/qYgB8fPSBNT3qV3Z9q56yFg/?format=pdf&lang=pt

No pós-guerra, nos anos dourados do capitalismo, tivemos o capitalismo gerencial, no qual os capitalistas ainda eram dominantes e os gerentes estavam no segundo plano. Nos anos neoliberais, que se seguiram, os capitalistas deixaram de controlar o processo de acumulação de capital e a inovação que os legitimava. Hoje, depois do colapso do neoliberalismo em 2021, estamos caminhando para um gerencialismo democrático e desenvolvimentista.

Leia o artigo de Luiz Carlos Bresser-Pereira em https://www.bresserpereira.org.br/256-novo_gerencialismo-novos_estudos_cebrap_for.pdf

Quanto mais neoliberalismo, maior a diferença entre a renda extraída pela posse de propriedade e a distribuída como retorno pelo trabalho. Em escala mundial, sua incapacidade de produzir crescimento econômico, combinada ao aumento da desigualdade, é proporcional à sua capacidade de corroer, por dentro, regimes democráticos

Leia o artigo de Sávio Cavalcante em https://diplomatique.org.br/a-retorica-da-reacao-neoliberal-e-o-futuro-do-igualitarismo/

A liderança autoritária é um desafio à análise organizacional. A perplexidade sobre como aceitamos que ela tenha ocorrido diversas vezes na história perpassa o pensamento de intelectuais como Adorno, Habermas, Sloterdijk e Arendt. Uma maneira complementar de estudá-la é por meio da literatura. A literatura possui enorme potencial interpretativo do mundo que, dada a criatividade de suas autoras e autores, consegue trabalhar temas complexos, personagens, eventos, com uma liberdade que a ciência, pelo seu rigor metodológico, muitas vezes não se permite. Como organizações são também constituídas discursivamente, os elementos textuais da literatura nos permitem uma liberdade epistemológica, ensejando análises que consigam abordar temas organizacionais tradicionais, como a liderança, de outra maneira. A proposta deste ensaio teórico é valer-se de um clássico da literatura, o romance Moby-Dick, para a partir dele realizar uma análise crítica do discurso, baseada em Norman Fairclough, da liderança monomaníaca neoliberal-autoritária de Paulo Guedes, ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro. O objetivo é demonstrar o potencial e a riqueza do uso da literatura combinada à análise do discurso para a compreensão de fenômenos organizacionais. A interpretação será guiada pelo estilo de liderança da personagem Acab, capitão do navio Pequod, que devido à sua obsessão por caçar a cachalote branca gigante, Moby Dick, conduz sua embarcação a um desfecho trágico, similar ao que vem ocorrendo ao Brasil devido ao ódio ao Estado presente nos discursos de Paulo Guedes.

Leia o artigo de Ricardo Vinicius C. dos Santos e Carvalho em https://www.scielo.br/j/osoc/a/6sGQ6yScXKHzZRVsZYYjRTb/?format=pdf&lang=pt