liberalismo

Nas últimas décadas, tem-se observado um esforço de reconstituição de uma vertente do republicanismo cuja gênese remonta aos ideais e instituições da antiga República romana. Reconstruído por historiadores do pensamento político – e recentemente absorvido por teóricos de orientação analítica e normativa -, o “republicanismo neorromano” gira em torno de uma visão da liberdade como não dominação, alegadamente distinta da concepção de liberdade como não interferência, predominante no liberalismo contemporâneo. Compreendendo a liberdade como um “conceito essencialmente contestado”, o artigo procura responder as seguintes questões: (1) Em que medida é defensável a tese dos neorromanos sobre rivalidade entre republicanismo e liberalismo enquanto tradições históricas singulares de pensamento político? (2) Quais são as principais distinções conceituais entre a liberdade como não dominação e a liberdade como não interferência? Enquanto a primeira questão enquadra o debate sobre a liberdade do ponto de vista da história das ideias, a segunda o faz a partir de uma perspectiva analítica e normativa.

Leia o artigo de Ricardo Silva em https://www.scielo.br/j/ln/a/Ck6fSJmb9h6SqVYGtHw3D6Q/?format=pdf&lang=pt

Qual é o conceito por trás do liberalismo? Apesar de ser um termo conceitualmente contestado, os partidos políticos ainda se rotulam como liberais e buscam legitimidade ao se juntarem à Internacional Liberal (IL). Neste artigo, adoto uma estratégia de método misto para avaliar o que essa ideologia significa na América Latina. Primeiro, baseio-me na teoria econômica e política para propor quatro componentes potenciais do liberalismo: propriedade privada, democracia liberal, não conformismo e justiça social. Em seguida, procuro por esses componentes na declaração de princípios de todos os membros da IL na região. Depois, avalio o apoio relativo dos liberais a esses componentes comparando as atitudes de suas elites e eleitores com as de conservadores e socialistas no Paraguai, Honduras e Nicarágua. Este artigo constata que a democracia liberal é o único componente central do liberalismo na América Latina. Embora o não conformismo e a justiça social sejam amplamente mencionados em documentos políticos, seu apoio entre elites e eleitores é dependente do contexto. Esses resultados enfatizam a contestabilidade do liberalismo, ao mesmo tempo que lançam luz sobre o que une os liberais na América Latina.

Leia o artigo de João V. Guedes-Neto em https://www.scielo.br/j/dados/a/YP6kKWLw4M88C3TMsjKWLCG/?format=pdf&lang=en

Qual é o conceito por trás do liberalismo? Apesar de ser um termo conceitualmente contestado, os partidos políticos ainda se rotulam como liberais e buscam legitimidade ao se juntarem à Internacional Liberal (IL). Neste artigo, adoto uma estratégia de método misto para avaliar o que essa ideologia significa na América Latina. Primeiro, baseio-me na teoria econômica e política para propor quatro componentes potenciais do liberalismo: propriedade privada, democracia liberal, não conformismo e justiça social. Em seguida, procuro por esses componentes na declaração de princípios de todos os membros da IL na região. Depois, avalio o apoio relativo dos liberais a esses componentes comparando as atitudes de suas elites e eleitores com as de conservadores e socialistas no Paraguai, Honduras e Nicarágua. Este artigo constata que a democracia liberal é o único componente central do liberalismo na América Latina. Embora o não conformismo e a justiça social sejam amplamente mencionados em documentos políticos, seu apoio entre elites e eleitores é dependente do contexto. Esses resultados enfatizam a contestabilidade do liberalismo, ao mesmo tempo que lançam luz sobre o que une os liberais na América Latina.

Leia o artigo de João V. Guedes-Neto em https://www.scielo.br/j/dados/a/YP6kKWLw4M88C3TMsjKWLCG/?format=pdf&lang=en

É comum que o estado laico seja definido em termos da ideia da razão pública. (mais…)

Ao longo de toda a obra do sociólogo e diplomata José Guilherme Merquior (1941-1991) é possível detectar uma ética humanista, isto é, uma aspiração por um ideal formativo que cultive plenamente as potencialidades morais, intelectuais e estéticas do ser humano.

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Este artigo analisa um conjunto de escritos publicados nos últimos anos que identificam uma grave crise das democracias contemporâneas.

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Este artigo analisa um conjunto de escritos publicados nos últimos anos que identificam uma grave crise das democracias contemporâneas.

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“A democracia no Brasil” — diz Sergio Buarque de Hollanda, no indispensável “Raízes do Brasil” — “sempre foi um lamentável mal-entendido”. O diagnóstico, naturalmente, é controverso. Não poderia ser diferente: a própria palavra democracia é, talvez, o mais paradigmático exemplo de um termo essencialmente contestável. (mais…)

Quando chegou à Casa Branca, Donald Trump prometeu se tornar o maior desregulador da história dos Estados Unidos, acima inclusive de Ronald Reagan, e conseguiu levar adiante o mais vultoso corte tributário desde o célebre presidente republicano da década de 1980, que tomou posse no cargo com uma frase para recordar: (mais…)

Este artigo reconstrói as principais teses e influências intelectuais dos bacharéis udenistas, tratando do pensamento político de personagens como Afonso Arinos, Bilac Pinto, Aliomar Baleeiro, Milton Campos e Prado Kelly. (mais…)