Celso Furtado

Este ensaio recapitula o legado intelectual de Celso Furtado, destacando sua enorme importância para o pensamento econômico. Adota o recurso de comparar Furtado a outro grande economista brasileiro, Mário Henrique Simonsen, ressaltando a superioridade do primeiro em relação ao segundo em diversos aspectos essenciais. Discute, também, a relação de Furtado com Keynes e a tradição econômica keynesiana, de um lado, e com o Marx e o marxismo, de outro. Ressalta, em conclusão, a sua ligação com o nacionalismo e o romantismo, expresso no seu apego ao Brasil.

Leia o artigo de Paulo Nogueira Batista Jr em https://www.scielo.br/j/rep/a/YpYDh9yDP7WRsSvrnN6cQ3v/?format=pdf&lang=pt

Na quase totalidade de sua obra o notável economista e ex-ministro da Cultura, Celso Furtado, exaltou a criatividade da nação brasileira como ativo estratégico para o surgimento de um novo modelo de desenvolvimento econômico, sustentável, inclusivo e endógeno.

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A análise de Celso Furtado do subdesenvolvimento brasileiro é amplamente reconhecida por seu enfoque histórico-estrutural, enquanto seu viés analítico macroeconômico frequentemente recebe atenção diminuta. (mais…)

O objetivo principal deste trabalho é trazer uma visão diferente da exposta em trabalhos anteriores que abordaram o “processo de desenvolvimento” na obra de Furtado. (mais…)

Uma mudança semântica ocorreu no escopo do termo reformas estruturais. (mais…)

Celso Furtado ocupa lugar de destaque ao lado de outros grandes expoentes do pensamento social autêntico – como Florestan Fernandes e Caio Prado Júnior – cujas investigações foram capazes de identificar o que é “geral” e o que é “particular” do capitalismo brasileiro. Ainda que o Brasil seja evidentemente um país capitalista, as “leis” gerais de acumulação capitalista não são suficientes para compreender a especificidade brasileira. (mais…)

No momento em que o Brasil termina agora um ciclo de desenvolvimento que teria durado uma década e recebeu o nome de “lulismo”, parece salutar voltar os olhos à teoria de Celso Furtado a fim de se perguntar se, afinal de contas, tal desenvolvimento não foi a mais bem-acabada expressão de um “mito”. Não se trata aqui de negar como, no final de 2010, assistimos a fenômenos como a ascensão social de 42.000.000 pessoas com sua ampliação da capacidade de consumo, a elevação do salário mínimo a 50% acima da inflação, a abertura de quatorze universidades federais e a consolidação do crédito, de 25% para 45% do PIB. (mais…)

Independentemente de como a literatura descreva as complexas relações entre a desigualdade e o crescimento econômico, o principal efeito adverso da desigualdade pertence às esferas social, política e, em última instância, ética. (mais…)

Em 2019, comemoram-se, simultaneamente, os sessenta anos da publicação do clássico da historiografia econômica nacional, Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado, e da criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a partir das recomendações constantes do documento Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste (GTDN), sob sua coordenação. (mais…)

O objetivo deste artigo é resgatar na biografia de Celso Furtado sua trajetória como servidor público entre 1943 e 1964. Mais conhecido por suas contribuições para o campo da economia, entretanto, Furtado iniciou sua carreira de funcionário e acadêmico, como pesquisador e professor, no campo da administração pública. (mais…)