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É abundante a bibliografia que assinala em algum momento do final do século XX a manifestação de uma nova fase ou um novo tipo de capitalismo: regime pós-fordista, acumulação flexível, império (Negri), capitalismo cognitivo, capitalismo de plataforma, pós-modernismo, etc.

A lista é grande e bastante variada. Que algo começa a mudar depois de 1968 não resta dúvida. Mas os diagnósticos sobre o que – e como – muda são muito divergentes. No entanto, a obsessão em se pensar este período como o marco inicial da “desconstrução” dos Anos Dourados – uma espécie de vingança da finança internacional – tirou a maioria dos analistas de uma via mais profícua para se entender o que de fato começou a ocorrer. O período situado entre 1945 e 68 acelerou e intensificou a difusão do capitalismo em escala mundial, permitindo ao capital acessar a dimensão informacional da realidade e submetê-la a um processo de valorização capaz de explorar as suas virtualidades. Logo, a “virada cibernética” acentuou a capacidade do capital espoliar o futuro em uma escala e em um grau muito mais radical do que se pode deduzir da ideia de “capitalismo financeirizado”, termo que traduz uma visão romântica e saudosista de um suposto “compromisso keynesiano” que, alega-se, teria colocado a dimensão “produtiva” do capital em primeiro plano na “era dourada”.

Leia o artigo de Eduardo Barros Mariutti em https://www.economia.unicamp.br/images/arquivos/artigos/TD/TD390.pdf

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