Relações raciais

Este artigo busca compreender se a presença de profissionais negras/os influencia na abordagem racial presente no projeto político pedagógico e nos planos de ensino de quatro escolas do município de São Paulo, sendo as duas com maior percentual de professoras/es brancas/os e as duas com maior percentual de professoras/es negras/os. Assim, por meio dos dados analisados, foi possível constatar que: (i) de maneira geral os documentos pedagógicos ainda não reconhecem a importância estrutural da questão racial, (ii) a presença de docentes negras/os pouco impacta a incorporação da temática nos projetos políticos pedagógicos, e (iii) o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana tem sido realizado por um grupo minoritário de docentes.

Leia o artigo de Fabiana Cristina da Luz em https://www.scielo.br/j/cp/a/qKWNWWKJS3RMnkmf4qznY7C/?format=pdf&lang=pt

O propósito do artigo é reconstruir a relação crítica entre Guerreiro Ramos, enquanto intelectual do Teatro Experimental do Negro (TEN), e a teoria da assimilação desenvolvida pela Escola de Chicago e divulgada no Brasil por Donald Pierson. Partimos de uma análise histórica mostrando como essa teoria foi transplantada por Pierson para cá e se tornou muito influente nos anos 1940. Em seguida, abordamos brevemente as relações que se estabeleceram entre acadêmicos ligados às ciências sociais e a intelligentsia do TEN. Por fim, realizamos uma comparação entre o texto de Pierson, Brancos e Pretos na Bahia, e alguns ensaios de Guerreiro Ramos escritos no início da década de 1950, mostrando as críticas desse último aos conceitos empregados naquela obra. Constatamos uma crítica ao etnocentrismo e ao racismo incorporados nesses conceitos e também uma reformulação dos mesmos visando superar esses elementos e pensar um processo em que o povo negro seria protagonista de sua história. Ao recuperar essa crítica nosso objetivo é contribuir para a descolonização e desprovincialização da sociologia, recuperando a agência de um importante intelectual e militante negro que construiu críticas contundentes e bem fundamentadas a um dos principais paradigmas das ciências sociais acerca das relações raciais. Leia o artigo de Alan Caldas e Nikolas Pallisser Silva em https://www.scielo.br/j/dados/a/H9XkxLBJZF58xHFw4tS5J5S/?format=pdf&lang=pt

Roger Bastide e Florestan Fernandes atuavam em pesquisas sobre relações raciais financiadas por organizações internacionais quando, na década de 1960, os Estados Unidos criaram ações afirmativas para responder à desigualdade racial. (mais…)