produção acadêmica

O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a pesquisa acadêmica brasileira sobre corrupção, produzida pelos campos das ciências humanas e das ciências sociais aplicadas. Além disso, buscou compreender como os estudos elaborados por pesquisadores da área da administração têm abordado essa temática. Para tanto, foi delimitado como espaço temporal de análise o período de 2008 a 2017. O delineamento metodológico consistiu em uma revisão sistemática da literatura nacional, que utilizou técnicas de análise de frequência e análise temática do conteúdo do material. Os resultados sugerem que as pesquisas brasileiras que abordaram a corrupção são, em sua maioria: de natureza qualitativa, o foco de investigação é a gestão pública, a abordagem do tema é realizada de uma forma geral, não se referindo a um poder ou esfera de governo específica, o referencial teórico adotado é majoritariamente internacional. O direito é a área que mais tem estudos envolvendo a corrupção, o que se reflete nos debates que são produzidos pela academia. Quanto ao campo da administração, que foi analisado de forma mais específica, os estudos elaborados seguem as mesmas características da produção científica nacional, contudo, o pequeno número de pesquisas desenvolvidas indica que a temática ainda não está totalmente acoplada à agenda dos pesquisadores.

Leia o artigo de Suélem Viana Macedo e Josiel Lopes Valadares em https://www.scielo.br/j/read/a/CN8hyKYNBqJkDK9Pv9kbS4Q/?format=pdf&lang=pt

A produção acadêmica latino-americana é analisada em relação à sua visibilidade, internacionalização e ecologia de saberes e de línguas nesse processo. Ferramentas bibliométricas foram utilizadas para formar um corpus de 2.939 estudos da base de dados Scopus entre 2010-2019, analisados em duas dimensões: a dimensão input/editorial, e a dimensão output/epistemológica, focando em três aspectos: (1) evolução por ano e país; (2) línguas e periódicos mais usados; e (3) colaborações internacionais. Os resultados da dimensão epistemológica mostraram maior colaboração com os autores do Norte Global, especialmente com a Espanha, os Estados Unidos e a Inglaterra (no caso do México e do Chile) e de Portugal (no caso do Brasil). Em relação à evolução quantitativa, observou-se um crescimento constante da produção latino-americana com o Brasil ocupando a primeira posição. O espanhol predominou como idioma de publicação, embora se observe uma tendência para o inglês no segundo quinquênio analisado, superando inclusive o português. Tomados em conjunto, os resultados do estudo sugerem que os padrões de produção acadêmica na América Latina não apresentam uma ecologia de saberes e de línguas.

Leia o artigo de Kyria Rebeca Finardi e outros em https://www.scielo.br/j/ensaio/a/JnwqwhDwVNGgWvhQSdQWHSR/?format=pdf&lang=en